Suspeito de rapto de menor fica em prisão preventina

Detido na sexta-feira e considerado pela PJ como "predador sexual" foi ouvido neste sábado no tribunal.

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A PJ deteve o "predador sexual" na sexta-feira. fau fabio augusto

O homem de 24 anos detido na sexta-feira por suspeita de rapto de uma menor de 13 anos vai aguardar julgamento em prisão preventiva, segundo a decisão proferida neste sábado no tribunal de Viana do Castelo. O detido esteve cerca de cinco horas com um juiz de instrução, que optou pela medida de coacção mais gravosa.

No final o oficial de justiça, Delfim Parente anunciou a decisão decretada pelo juiz, não revelando os crimes por que saiu acusado por o caso estar em segredo de justiça. A advogada oficiosa do suspeito, Isabel Guimarães apenas adiantou que o arguido não prestou declarações ao juiz.

O suspeito chegou ao tribunal de Viana do Castelo às 10h10, numa viatura da Polícia Judiciária (PJ) de Braga que o reconduziu, pouco antes das 15h, ao estabelecimento prisional onde irá aguardar o desenrolar do processo.

A detenção foi anunciada na sexta-feira pela Directoria do Norte da Polícia Judiciária (PJ). O homem foi detido numa residência onde também se encontrava a menor. Encontra-se indiciado pela prática de um crime de rapto agravado. Na sexta-feira, o director da PJ de Braga afirmou que o homem tem o perfil de "predador sexual" através da internet.

"Tem um perfil típico de um predador sexual através da internet e das redes sociais", disse à Lusa Gil Carvalho, director da PJ de Braga. "Podem estar em causa mais crimes", admitiu. Segundo este responsável da PJ, o detido está já "identificado em meia dúzia" de outras situações análogas e "é muito provável que muitas outras possam ser identificadas".

O suspeito está referenciado pelas autoridades relativamente a estas situações em que o objectivo seria abusar sexualmente das menores. A menor encontrada na sexta-feira tinha desaparecido de Ponte de Lima, a 3 de Março. Foi encontrada em Ílhavo, em bom estado de saúde, numa casa desabitada.

O homem terá começado por conversar com a menor no Facebook e, convencendo-a de que seria mais novo, conseguiu marcar um encontro com ela. Esta é uma estratégia que já terá usado anteriormente. Terá, inclusivamente, várias páginas no Facebook com nomes e idades falsas e fotografias de adolescentes cuja imagem assume na Internet. 

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