Portugal espera resposta do Iraque sobre levantamento de imunidade na próxima semana

A posição do executivo foi transmitida em reuniões ocorridas no Ministério dos Negócios Estrangeiros com uma delegação iraquiana.

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Rui Gaudencio / Publico

O Governo português defendeu nesta sexta-feira que as autoridades iraquianas devem enviar, até ao final da próxima semana, uma resposta formal ao pedido de levantamento da imunidade diplomática dos filhos do embaixador do Iraque.

A posição do executivo foi transmitida em reuniões ocorridas no Ministério dos Negócios Estrangeiros com uma delegação iraquiana, nas passadas segunda e terça-feira, lê-se num comunicado hoje divulgado pelo Palácio das Necessidades.

Portugal pediu, a 25 de Agosto, o levantamento da imunidade diplomática dos filhos do embaixador do Iraque em Portugal, na sequência das agressões a um jovem de Ponte de Sor, e solicitou, no início de Setembro, urgência na resposta das autoridades iraquianas.

"Na sequência do pedido de levantamento da imunidade diplomática resultante do inquérito aos incidentes ocorridos em Ponte de Sor no passado mês de Agosto e da reunião havida em Nova Iorque entre os ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países, foi igualmente tratada esta questão", adianta a nota do ministério desta sexta-feira.

Durante os encontros, as autoridades iraquianas "receberam toda a informação solicitada sobre o quadro jurídico aplicável e comprometeram-se a responder formalmente" ao pedido de Portugal "nos próximos dias", refere a mesma nota.

"A parte portuguesa entende que a resposta formal terá de ser enviada até final da próxima semana", defende o Governo.

Segundo o comunicado do ministério liderado por Augusto Santos Silva, a agenda da reunião foi "abrangente", tendo sido abordadas "as várias facetas das relações bilaterais, as relações União Europeia-Iraque e ainda outros temas da agenda regional e internacional".

Num encontro realizado à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 23 de Setembro, o chefe da diplomacia iraquiana garantiu a Santos Silva que o seu país não se oporá a "qualquer exigência da lei para que a investigação possa ser concluída".

 

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