Investigadores portugueses juntos contra infecções e resistência a antibióticos nos hospitais

O projecto visa obter "uma rápida resposta a questões relativas aos patogénicos que infectam os doentes que chegam aos hospitais

Foto
Ao Banco de Medicamentos já aderiram 44 empresas da indústria farmacêutica DR

Mais de 80 investigadores de três institutos portugueses vão, nos próximos três anos, trabalhar na prevenção e controlo de doenças infecciosas e resistência a antibióticos em hospitais de Lisboa, tendo para tal recebido 2,5 milhões de euros.

Trata-se do projecto científico ONEIDA, o qual pretende "criar uma rede inovadora entre investigadores e hospitais para a prevenção e controlo de doenças infecciosas e resistência a antibióticos" e que envolverá mais de 80 investigadores.

Estes investigadores, oriundos do Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB NOVA), Instituto de Medicina Molecular (IMM) e Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), vão trabalhar para "dar resposta, em tempo real, às necessidades específicas dos hospitais de Lisboa no que diz respeito a doenças infecciosas", segundo um comunicado das três instituições.

O projecto deverá, numa segunda fase, ser alargado ao resto do país.

Coordenado por Raquel Sá-Leão e Mónica Serrano (ITQB NOVA MostMicro), o projecto visa obter "uma rápida resposta a questões relativas aos patogénicos que infectam os doentes que chegam aos hospitais, fazendo uma caracterização biológica minuciosa de cada estirpe em termos genéticos e proteicos".

"Desta forma, os hospitais vão poder dar uma resposta mais rápida e adequada a cada caso, diminuído a morbilidade e evitando o uso inadequado de antibióticos. Simultaneamente, a comunidade científica vai poder fazer um estudo mais rigoroso e detalhado sobre os patogénicos que infectam pessoa e animais em Portugal", prossegue o comunicado.

Este projecto foi financiado pelo Portugal 2020, um programa que reúne cinco Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEDER), com o objectivo de "alinhar as grandes orientações estratégicas nacionais e europeias para o desenvolvimento económico, social e territorial do país".

 

 

 

 

Sugerir correcção
Comentar