Hospital da Horta: legionella está confinada a um depósito

Bactéria não foi detectada no circuito de abastecimento de água aos utentes, mas apenas num reservatório ligado aos painéis solares

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As últimas análises realizadas ao hospital da Horta, nos Açores, onde há duas semanas foi detectada legionella, confirmam e existência da bactéria, embora confinada a um depósito de água, isolado da rede, revelou esta quarta-feira fonte hospitalar.

O presidente do conselho de administração do hospital da Horta, na ilha do Faial, garantiu à Antena 1- Açores que a legionella não foi detectada no circuito de abastecimento de água aos utentes, mas apenas num reservatório ligado aos painéis solares, que "não afeta" os serviços hospitalares, nem os doentes.

"Neste momento apenas houve uma análise com deteção de legionella", explicou João Morais, ressalvando que aquele depósito "não estava ligado aos circuitos" de distribuição da água, onde tinha sido detectada a presença da bactéria no início deste mês.

Em menos de sete meses, foi detectada no hospital da Horta, por duas vezes, a presença de legionella, uma bactéria que pode provocar infeções respiratórias ou até mesmo a morte.

"Após a chegada dos resultados do INOVA [Instituto de Inovação Tecnológica dos Açores] e após reunião com a delegada de Saúde da Horta, podemos afirmar que no circuito de distribuição de água dos serviços que estão em contacto com os utentes não temos qualquer problema, a legionella não foi detectada", garantiu João Morais, adiantando que a unidade de saúde está "em condições de repor a normalidade de funcionamento".

O presidente do conselho de administração explicou que "nenhum utente foi afectado com a legionella", o que demonstra que "os procedimentos adoptados foram eficazes" e que foi possível "eliminar totalmente" a bactéria do circuito de abastecimento de água aos serviços de "urgência, internamento, blocos operatórios e laboratórios". "Assim que voltarmos a ter a segurança de que as coisas estão em condições, esse depósito será posto em produção", acrescentou.

João Morais recusou, por outro lado, a ideia de que possa existir alguma relação entre o surgimento da bactéria e a eventual redução da temperatura das caldeiras do hospital, garantindo que "não foi dada nenhuma orientação" nesse sentido.

Quando foi detectada a legionella no hospital da Horta, na sequência de uma análise de rotina, a administração desta unidade de saúde efectuou uma desinfecção a todo o sistema de distribuição da água, para "aniquilar a bactéria" que, apesar de tudo, se mantém activa, mas apenas num reservatório isolado. 

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