“O emprego não nasce do nada”, diz Assunção Cristas

A líder dos centristas defendeu que o momento atual deve ser de união de esforços para criar riqueza e emprego e que o Estado deve "dar o exemplo" no trabalho, recusando as 35 horas semanais.

Foto
Assunção Cristas recusa 35 horas semanais Pedro Cunha

A conferência organizada pelo CDS-PP era sobre envelhecimento activo, mas Assunção Cristas acabou a falar sobre horário de trabalho. A líder dos centristas defendeu que o momento atual deve ser de união de esforços para criar riqueza e emprego e que o Estado deve "dar o exemplo" no trabalho, recusando as 35 horas semanais. 

"Creio que o país precisa de unir esforços para crescer, para criar investimento, para criar riqueza, para criar emprego. Este emprego não nasce do nada, nasce de trabalho, e o Estado tem também de dar o exemplo nesse trabalho", defendeu Assunção Cristas, à margem de uma conferência sobre envelhecimento ativo, promovida pelo CDS-PP, na Assembleia da República, em Lisboa.

Questionada sobre a reposição das 35 horas semanais de trabalho na Função Pública, Cristas afirmou não lhe parecer que no contexto atual a medida "vá ajudar". "Nós olhamos para o estado do país, nós olhamos para um crescimento económico que praticamente não existe ou existe de forma diminuta, olhamos para o desemprego que está pior e o emprego que teima em não aparecer, olhamos para as exportações que estão em claro declínio e aquilo que julgo que é importante no país é unirmos esforços para que todos possamos ajudar a criar emprego, a gerar investimento e a garantir que a nossa economia começa a crescer a ritmos significativos", sustentou.

Além de referir que no setor privado se trabalham 40 horas semanais, a presidente do CDS-PP criticou também a "forma como o Estado funciona", não favorecendo o investimento, "com atrasos, com processos longos, com dificuldade em gerir as coisas com mais rapidez".

Sugerir correcção
Ler 3 comentários