Governo português saúda vitória na Áustria de candidato da "democracia liberal"

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Enric Vives-Rubio

O chefe da diplomacia portuguesa congratulou-se nesta segunda-feira com a eleição do ecologista Alexander Van der Bellen como Presidente da Áustria, destacando o seu alinhamento "com o projecto da democracia liberal e com o projecto europeu".

"O novo Presidente eleito é uma personalidade independente que se situa bem no espaço democrático europeu e que fez da defesa da Europa como um projecto comum e da defesa da democracia liberal o seu programa essencial nas presidenciais", disse Augusto Santos Silva, sobre a vitória nas eleições presidenciais austríacas de Van der Bellen, independente apoiado pelos Verdes, que derrotou o candidato da extrema-direita, Norbert Hofer.

Para o ministro dos Negócios Estrangeiros português, "é positivo que a Áustria tenha resolvido o impasse político, por causa da necessidade de repetir as eleições e do adiamento dessa repetição", e é também positiva "a vitória de um candidato tipicamente alinhado com o projecto da democracia liberal e com o projecto europeu".

Comentando a subida dos partidos de extrema-direita na Europa, Santos Silva recordou que, na Europa, "são mesmo muitos milhões os que são a favor do Estado de Direito, da democracia liberal, do projecto europeu, da convivência pacífica de diferentes povos, religiões, etnias e migrações" e que "devem agir no sentido de essa sua grande plataforma comum recuperar a influência dominante que teve na Europa e de que a Europa precisa".

Questionado sobre de que forma isso pode acontecer, Santos Silva notou que o Partido Socialista português "tem dado um belo exemplo, também na Europa e no Mundo, de como é possível desenvolver uma plataforma política, que ninguém duvida que é europeia, democrático-liberal e de centro-esquerda, comprometida com emprego, crescimento económico e igualdade social".

Salientando que as "condições políticas não eram fáceis", após as eleições legislativas em Portugal no ano passado, mas o PS "teve a sabedoria de encontrar uma solução de governação que é sólida, é robusta, é coerente e é pró-europeia e pró-democrática".

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