Aguiar-Branco: "Todos os ministros são remodeláveis mas essa é competência do PM"

Ministro da Defesa considera que Passos Coelho não fará nenhuma substituição "na base do que anda na imprensa".

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José Pedro Aguiar-Branco afirmou esta terça-feira que “todos os ministros são remodeláveis”, mas defendeu que essa decisão compete exclusivamente ao primeiro-ministro, “o primeiro responsável pelo Governo”.

“Todos os ministros são remodeláveis, basta o senhor primeiro-ministro querer que haja alguma substituição no momento certo e na hora certo, portanto o primeiro-ministro é que é o responsável pelo Governo e tenho a certeza absoluta que não fará qualquer remodelação na base do que anda na imprensa”, disse Aguiar-Branco. <_o3a_p>

O governante falava aos jornalistas no final de uma visita ao Hospital das Forças Armadas, no Lumiar, depois de questionado se se considera um ministro “remodelável” no Governo. 

Sobre se o primeiro-ministro cederá aos pedidos de remodelação vindos do CDS, Aguiar-Branco respondeu apenas que “os pedidos do CDS são dos tais que também andam na imprensa” e reafirmou que essa é uma competência do chefe do Governo. “Como lhe digo, o primeiro-ministro é o responsável primeiro pelo Governo, é ele que escolhe os ministros, altera a estrutura do Governo, e tem ou não a confiança que em dado momento entende que deve ter”, reforçou.

Aguiar-Branco comentou ainda a alegada pressão do Governo sobre o Tribunal Constitucional (TC), já rejeitada pelo primeiro-ministro. “Como é que possível considerar-se que se está a pressionar quando se está há três meses à espera de uma decisão?”, perguntou, concluindo que referiu que “quando o TC se pronunciar o Governo actuará em conformidade”.

“O Governo tem um programa, um rumo, tem um objectivo que é salvar o país e como é natural é nesse rumo e orientação que orienta o seu exercício”, frisou o ministro.

Censura do PS é moção de confiança a Seguro

 O ministro da Defesa defendeu ainda que a moção de censura do PS “não traz nada de novo” e é antes “uma moção de confiança” a António José Seguro e à estabilidade da “coligação interna” do seu partido. “Acho que a moção de censura não traz nada de novo, acho que o curioso será vermos até que ponto é uma moção de confiança ao próprio secretário-geral do PS e de que forma a estabilidade da coligação interna do PS se mantém”.

Instado a concretizar esta declaração, o ministro da Defesa disse estar “a concretizar de forma muito precisa” e insistiu que será “interessante avaliar” a censura “como moção de confiança ao secretário-geral do PS e à estabilidade da coligação interna dentro do PS”.

Na moção de censura ao Governo, o PS defende que Portugal vive já uma crise política e precisa de um outro executivo que represente o novo consenso social e político.
 

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