O Presidente iraniano, Mohammad Khatami, afirmou hoje que o caso do escritor iraniano-britânico Salman Rushdie deve ser considerado fechado, informa o diário reformista "Tosea".

O escritor, ainda sujeito a ameaças ocasionais dos radicais iranianos, foi condenado à morte pelo falecido "ayatollah" Ruhollah Khomeini, em 1989, por alegada blasfémia contra o Islão, no romance "Versículos Satânicos", medida que escandalizou o Reino Unido."Pensamos que o que aconteceu na saga Salman Rushdie foi uma expressão da guerra de civilizações lançada pelo Ocidente contra o Islão, na qual adoptámos uma posição defensiva", considerou Khatami, citado pela Reuters.
Em 1998, o Irão e o Reino Unido acordaram desenvolver as suas relações, depois de Teerão se ter comprometido a não levar avante a decisão de Khomeini.
Khatami não comentou as ameaças a Rushdie por instituições radicais iranianas, incluindo os Guardas Revolucionários, que continuam a apelar à morte do escritor.