IL defende Justiça sem pressões e a funcionar para todos

Rui Rocha esteve em pré-campanha eleitoral em Guimarães.

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Líder da IL, Rui Rocha, fez campanha em Guimarães LUSA/JOSÉ COELHO
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O líder da Iniciativa Liberal (IL) defendeu, este sábado, uma Justiça sem pressões e a funcionar para todos, sublinhando que os portugueses devem acreditar na Justiça, que tem o seu tempo, que deve ser respeitado e cumprido.

“A Iniciativa Liberal quer um país onde a Justiça funciona para todos e quer um país onde não há pressões sobre a justiça. Creio que essa é a mensagem fundamental”, afirmou Rui Rocha, em Guimarães, distrito de Braga.

Referindo que há actualmente vários processos em fase inicial da investigação e outros em que há decisões tomadas e depois contrariadas pelo Tribunal da Relação, como o caso Sócrates, Rui Rocha defendeu que “a responsabilidade dos políticos nesta altura é dar um sinal de tranquilidade”.

Durante uma arruada pelo centro de Guimarães, o líder da IL foi questionado pelos jornalistas sobre o comunicado da Procuradora Geral da República (PGR), divulgado na sexta-feira, no qual Lucília Gago diz estar a fazer um “acompanhamento próximo” das suspeitas de corrupção na Madeira, prometendo esclarecimentos sempre que entender oportuno, mas sem prejudicar a investigação.

“Creio que o que resulta do comunicado da Procuradora Geral da República é que os portugueses devem estar tranquilos, a Justiça tem os seus tempos. O tempo da Justiça não pode ser só uma frase retórica que serve para quando dá jeito a determinados quadrantes, tem de ser mesmo algo que é respeitado e cumprido. É fundamental que os portugueses continuem a acreditar na Justiça. E é isso que deve acontecer. A justiça está a dar os seus passos”, assumiu Rui Rocha, ladeado por apoiantes.

Na nota divulgada à comunicação social, a PGR salientou também que as procuradoras do Ministério Público (MP) alertaram, numa exposição ao Conselho Superior da Magistratura (CSM), para a demora do interrogatório aos três arguidos detidos neste processo, acrescentando que “não pode deixar de lamentar o longo período de tempo decorrido desde as detenções até à prolação” do despacho das medidas de coacção, três semanas depois.

Perante a conclusão do juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) de que não existem indícios dos crimes económico-financeiros imputados aos três arguidos, a PGR realçou que a operação desencadeada em 24 de Janeiro pela Polícia Judiciária (PJ) “foi ponderada pelas três magistradas que dirigem as investigações e pelo director do DCIAP” [Departamento Central de Investigação e Acção Penal], mantendo o entendimento de que há indícios de crimes.

“Há decisões intermédias que são às vezes contraditórias com as decisões iniciais, muitas vezes há depois decisões finais que são contraditórias com as decisões intermédias, isso é a justiça a trabalhar. Cabe aos políticos criar as condições para que haja tranquilidade e para que a justiça possa fazer o seu caminho”, assinalou Rui Rocha.

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