Sondagem dá maioria absoluta à coligação PSD/CDS nas eleições regionais da Madeira

A estimativa da Universidade Católica avança que Miguel Albuquerque conquistará o terceiro mandato no Governo Regional da Madeira. O PS é o partido que perde mais deputados.

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Miguel Albuquerque é presidente do Governo Regional da Madeira desde 2015 LUSA/HOMEM DE GOUVEIA
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A coligação do PSD/CDS-PP deverá conquistar a maioria absoluta nas eleições regionais da Madeira. De acordo com a sondagem da Universidade Católica para a RTP, o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, avançará para o terceiro mandato. Depois de oito anos no poder, Albuquerque poderá melhorar os resultados nas últimas eleições, em 2019, e reforçar o número de deputados na assembleia regional, podendo chegar aos 28 assentos.

Actualmente, o executivo é representado, no parlamento, por 24 deputados, o número mínimo que a coligação poderá conseguir após as eleições de domingo. Ainda assim, o executivo de Miguel Albuquerque foi avaliado pela maioria dos eleitores como “razoável”.

O PS, por sua vez, será o partido com a maior perda de representatividade na assembleia da Madeira. A estimativa apresentada esta noite aponta que os socialistas deverão reunir 23% dos votos, menos 13 pontos face a 2019, o que poderá representar uma perda de até nove deputados. Depois do último acto eleitoral regional, o PS garantiu 19 assentos.

Em terceiro lugar surgem o Chega e o Juntos pelo Povo empatados com 7% das intenções de voto e com a possibilidade de garantirem até três assentos parlamentares. Segue-se o Bloco de Esquerda, que duplicará os resultados de 2019, conseguindo 3% dos votos, podendo garantir dois deputados.

Contenção de Albuquerque

Em Câmara dos Lobos, enquanto caminhava para o comício desta noite, Miguel Albuquerque voltou a alertar para o perigo de a sondagem criar a sensação de vitória garantida e, assim, desmobilizar o eleitorado da coligação. Aos jornalistas, o presidente do Governo Regional, lembrou que só governaria com maioria absoluta. Uma questão de "clareza", sublinhou. Sem esclarecer se este será o último mandato no Governo Regional, Miguel Albuquerque comentou que "razoável" é uma avaliação "positiva", nos dias que correm.

Por sua vez, em São Vicente, o candidato do PS, Sérgio Gonçalves, disse à RTP que trabalha para "ganhar eleições" e não sondagens.

"O que sentimos nas ruas não é o resultado desta sondagem. As pessoas sabem que temos as soluções que precisam, como acesso à saúde, habitação e combate aos impostos", referiu o candidato socialista. Além disso, argumentou, há eleitores, nomeadamente funcionários públicos, com "receio de se expressarem livremente".

CDU, IL e PAN entre os menos votados

Sem representação na Assembleia Regional da Madeira poderá ficar a CDU, com 2,5% das intenções de voto, a Iniciativa Liberal e o PAN, com 1,5% cada.

Em 13 actos eleitorais, o arquipélago nunca teve outro partido vencedor senão o PSD, que soma quase cinco décadas de liderança.

A estimativa da Universidade Católica, que reuniu 1613 inquéritos válidos, e conta com 95% de taxa de confiança, aponta ainda que 24% dos inquiridos descartaram o Chega para uma eventual coligação no Governo Regional.

Às eleições regionais da Madeira concorrem 13 partidos e coligações.

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