Marcelo fez “proposta quase irrecusável” a Carlos III para visitar Portugal

Presidente da República foi recebido no Palácio de Buckingham e condecorou o rei Carlos III com o Grande-Colar da Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.

O Presidente da República e o rei Carlos III
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O Presidente da República e o rei Carlos III Reuters/POOL
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O Presidente da República e o rei Carlos III Reuters/ARMY PHOTOGRAPHER/SGT DONALD C T
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, revelou esta quinta-feira que fez uma “proposta quase irrecusável” ao rei britânico Carlos III para visitar Portugal em breve.

“Eu fiz-lhe uma proposta que é quase irrecusável, que é não ser uma visita de Estado porque a visita de Estado o rei faz uma, duas por ano e são muito longas [e] ainda tradicionais”, disse Marcelo aos jornalistas na residência do embaixador de Portugal em Londres.

O chefe de Estado português sugeriu que a viagem do monarca britânico a Portugal “seja uma visita curta, concentrada naquilo que lhe interessa, que é ver o novo Portugal na energia, no digital, na natureza sustentável, estar com a comunidade britânica”. Marcelo Rebelo de Sousa espera que a resposta seja positiva, apesar da agenda ocupada de Carlos III.

O chefe de Estado encerrou esta quinta-feira uma visita de cerca de 24 horas a Londres para comemorar o 650.º aniversário da Aliança Luso-Britânica. De manhã, o Presidente foi recebido no Palácio de Buckingham com honras militares e condecorou o rei Carlos III com o Grande-Colar da Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.

A distinção honorífica é a mais alta concedida por Portugal e tinha sido conferida por Mário Soares à Rainha Isabel II em 1993. Só é atribuída em “casos excepcionalíssimos, a chefes de Estado de pátrias às quais nós devemos a nossa defesa, porque é uma condecoração atribuída a militares, raramente a civis, por actos heróicos ou por uma carreira de serviço militar e de defesa e de segurança de Portugal”, explicou.

O Reino Unido esteve “na luta pela nossa independência no século XIV, depois no século XVIII, depois no século XIX, em momentos cruciais”, acrescentou. “Da última vez, na resistência às tropas de Napoleão, a presença britânica foi fundamental”, enfatizou.

Os dois chefes de Estado assistiram juntos a um serviço religioso anglicano de Acção de Graças [Thanksgiving] na Capela da Rainha [Queen’s Chapel], que foi frequentada pela rainha Catarina de Bragança (1638-1705) durante o casamento com o rei inglês Carlos II.

O evento foi o culminar do programa de actividades da Portugal-UK 650, uma iniciativa não-oficial sem fins lucrativos que organizou as celebrações dos 650 anos da Aliança Luso-Britânica, que teve o patrocínio dos dois chefes de Estado.

O Tratado de Paz, Amizade e Aliança assinado em 16 de Junho de 1373 por Eduardo III de Inglaterra e o rei D. Fernando I de Portugal formaliza a aproximação dos dois países proporcionada pelo Tratado de Tagilde, celebrado entre o rei D. Fernando I e os emissários do duque de Lencastre, João de Gante, filho de Eduardo III.

A aliança foi renovada no Tratado de Windsor de 1386 e por vários outros tratados ao longo dos séculos.

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