ARCOlisboa regressa com 84 galerias de 22 países para edição maior de sempre

A feira de arte contemporânea terá 21 galerias na secção Opening. Já o programa África em Foco seleccionou oito galerias.

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O crescimento do Programa Geral também se reflectirá em novos conteúdos, como os projectos Solo Nuno Ferreira Santos

A Feira Internacional de Arte Contemporânea ARCOlisboa vai reunir este ano 84 galerias de 22 países, entre elas 26 portuguesas, regressando à Cordoaria Nacional, na capital, entre 25 e 28 de Maio, anunciou a organização.

Nesta 6.ª edição, o certame, organizado pela IFEMA — Feiras de Madrid e pela Câmara Municipal de Lisboa, reunirá 55 galerias no Programa Geral, 21 no Opening Lisboa e oito na secção África em Foco, a maior representação dos seis anos de actividade.

Em comunicado, a organização sublinhou o "número recorde" de galerias participantes nesta edição, com um aumento de 29% face a 2022, justificado pelo "interesse crescente das galerias internacionais na ARCOlisboa".

No ano passado, a maior feira nacional dedicada à arte contemporânea reuniu 65 galerias de 14 países e recebeu 11 mil visitantes nos quatro dias de abertura ao público, segundo os números divulgados na altura.

Este ano, a participação de galerias portuguesas representa 31% da feira, com 26 representadas, o segmento internacional situa-se nos 69% — 58 galerias —, sobretudo oriundas da Europa, mas também com presença africana, reunindo galerias de Angola, Marrocos, Moçambique e África do Sul.

Nesta edição, a organização pretende apresentar "um panorama da cena artística portuguesa, num amplo diálogo com a arte espanhola e europeia, acompanhada de uma selecção criteriosa de artistas africanos", refere o comunicado.

O Programa Geral, eixo principal da feira, com 55 galerias seleccionadas pelo comité organizador, integra algumas que participam primeira vez, como a Carlier | Gebauer, Document, Elisabeth & Klaus Thoman, Fernando Pradilla ou The Goma, enquanto outras regressam depois de uma pausa de uma ou mais edições, como a Fernández-Braso, Baró, Georg Kargl, MPA-Moisés Pérez de Albéniz ou Pelaires.

As portuguesas Lehmann + Silva e a No-No Gallery fazem parte das que se juntam a esta secção depois de terem participado na secção Opening Lisboa do ano passado.

A nível nacional estarão também, entre outras, Cristina Guerra Contemporary Art, Francisco Fino, Madragoa, Miguel Nabinho, Pedro Cera, Vera Cortês, Quadrado Azul, Presença, Uma Lulik, Galeria 111, e, entre as estrangeiras, a Alarcón Criado, Elvira González, Heinrich Ehrhardt, Helga de Alvear, Juana de Aizpuru ou Leandro Navarro.

O crescimento do Programa Geral também se reflectirá em novos conteúdos como os projectos Solo, indica a organização, apontando que será apresentado em profundidade o trabalho de nove artistas internacionais, entre eles Mané Pacheco (Balcony), Nacho Criado (José de la Mano), Eugenia Mussa (Monitor), Túlio Pinto (Nosco), FOD (T20), Ana López (W-Galería) e Edin Zenun (Zeller Van Almsick).

Através da secção Opening Lisboa, cuja selecção foi feita por Chus Martínez e Luiza Teixeira de Freitas, com a colaboração de Diogo Pinto, a feira terá 21 galerias, tais como Anca Poterasu, Britta Rettberg, Livie Gallery, Menoparkas, Portas Vilaseca, Ravnikar, que se estreiam no programa, ou Artbeat, Atm, Foco, Rodríguez Gallery e The Ryder Projects, que regressam.

O programa África em Foco volta a centrar a atenção na investigação da arte contemporânea do continente africano, com a participação de oito galerias seleccionadas pela curadora Paula Nascimento.

Incluirá galerias de Marrocos (African Arty), África do Sul (Afronova e Guns & Rain), Moçambique (Arte de Gema), assim como de França (193 Gallery), Alemanha (Artco) e Portugal (Insofar e Perve), com expositores individuais que estarão espalhados pela feira.

Estes conteúdos completam-se ainda com outras galerias africanas que participam no Programa Geral, como L'atelier 21 Art Gallery, de Marrocos, e as angolanas Movart e This Is Not A White Cube.

Pela quarta vez, a ARCOlisboa irá atribuir o Prémio Opening Lisboa, cujo júri, constituído por profissionais do sector, reconhecerá o melhor expositor da secção com a cedência do espaço expositivo na feira como prémio.

Na feira, haverá novamente o espaço ArtsLibris, área especializada em edições de artista, fotolivro e publicações digitais, com cerca de trinta expositores nacionais e estrangeiras no Torreão Nascente da Cordoaria, com acesso gratuito ao público.

O Fórum ARCOlisboa, comissariado pela Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), dirigido pelos curadores Marta Mestre e Ángel Calvo Ulloa, voltará a ser um espaço de investigação em arte contemporânea.

Tal como nas edições anteriores, a ARCOlisboa irá criar um programa cultural paralelo em articulação com instituições como museus, inaugurações e visitas a exposições e colecções privadas, entre outros eventos.

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