Real Madrid deixou o Liverpool sem saber o que fazer

“Merengues” seguem para os quartos-de-final da Liga dos Campeões com triunfo por 1-0 sobre o Liverpool. Nápoles confirma lugar com nova vitória sobre o Eintracht.

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Benzema marcou o golo do triunfo do Real Madrid EPA/JUANJO MARTIN

Numa altura em que a renovação do título espanhol parece um pouco mais difícil, tendo um “clássico” com o Barcelona no fim-de-semana para encurtar distâncias, o Real Madrid foi exemplar na defesa do seu estatuto de campeão europeu, qualificando-se nesta quarta-feira para os quartos-de-final da Liga dos Campeões com um triunfo por 1-0 no Santiago Bernabéu sobre o Liverpool. Depois de uma espectacular vitória com reviravolta por 2-5 em Anfield na primeira mão, os “merengues” quase que se limitaram a gerir o esforço perante um adversário que sabia o que tinha de fazer – atacar e marcar golos –, mas que nunca o conseguiu fazer.

Longe da espectacularidade que foi o primeiro embate entre os dois finalistas da época passada, este reencontro entre “blancos” e “reds” foi, sobretudo, uma grande demonstração de poder competitivo da equipa de Ancelotti, muito estável e fria. E, na mesma medida, uma prova em campo de alguma instabilidade para os homens de Jurgen Klopp. Era bem evidente a frustração crescente do Liverpool a cada ataque absorvido pelo Real. Precisava de marcar três para, pelo menos, empatar o duelo. Não marcou nenhum.

Não foi por falta de avançados. O Liverpool tinha muitos no seu “onze” titular – Mo Salah, Darwin Nuñez, Cody Gakpo e o português Diogo Jota. Sentia-se a vontade de marcar cedo e não esteve longe de o fazer logo aos 7’. Salah provocou o erro de Rudiger e encaminhou a jogada para Darwin. O ex-avançado do Benfica ainda conseguiu um remate enquadrado, mas Courtois defendeu com grande competência.

Um golo do Liverpool nos primeiros minutos teria relançado a eliminatória, dando aos visitantes o combustível emocional que precisavam. Mas esse golo nunca apareceu. E pareceu sempre mais perto de acontecer na baliza de Alisson Becker. Aos 14’, Vinícius apanhou uma bola aérea na pequena área, mas o seu compatriota defendeu com o braço direito. E aos 20’, Camavinga deu nova oportunidade ao guardião brasileiro de brilhar – Alisson defende para a trave um tremendo remate do francês.

Courtois também foi parando os ensaios dos avançados do Liverpool. Darwin (um dos melhores da sua equipa) bem tentou aos 33’ e Gakpo também ensaiou um remate aos 35’, mas o belga esteve bem atento nos dois momentos. O Real estava sempre à espreita de um espaço e, em várias ocasiões, teve possibilidade de deixar a eliminatória fechada, mas só acabou com o sofrimento do adversário aos 79’. Benzema foi oportunista no meio do descalabro da defesa “red”. Van Dijk estava distraído e permitiu a Vini um cruzamento rasteiro na direcção do francês – só teve de empurrar lá para dentro.

Nápoles inédito

Em paralelo ao ritmo de campeão que vai mostrando na Série A italiana, o Nápoles também não abranda na Champions, garantindo o seu lugar entre as oito melhores equipas da Europa com novo triunfo sobre o Eintracht Frankfurt, desta vez por 3-0 no Diego Armando Maradona, depois de vencer há duas semanas na Alemanha por 0-2. É a primeira vez que a formação napolitana chega a esta fase da Liga dos Campeões – o seu melhor, até agora, eram quatro presenças nos “oitavos”.

Foi uma exibição dominadora do Nápoles, que teve o português Mário Rui a titular. Ainda assim, teve de esperar até ao final da primeira parte para celebrar o primeiro golo. Aos 45+2’, Politano fez o cruzamento e Osimhen fez o 1-0. O nigeriano ganhou-lhe o gosto e, nos minutos iniciais da segunda parte, dobrou a vantagem, desta vez após cruzamento de Di Lorenzo. Zielinski fechou as contas do jogo aos 64’ na conversão de um penálti.

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