Trabalhadores da Lusa protestam por “aumentos salariais dignos”

Funcionários da agência de notícias consideram “indigna” a proposta da administração.

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Trabalhadores da Lusa exigem melhores salários Lusa

Os trabalhadores da Lusa concentram-se frente à sede da empresa, em Lisboa, na quarta-feira, em protesto por "aumentos salariais dignos", anunciaram os sindicatos representativos, depois da administração ter feito uma proposta de actualização "bem abaixo do exigido".

"Na quarta-feira, 15 de Março, os trabalhadores da Lusa estarão concentrados às 16h30 à frente da sede da empresa", referem os sindicatos dos Jornalistas (SJ), dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas (SITE CSRA) e dos Trabalhadores do Sector de Serviços (SITESE).

Durante a concentração "será também divulgado o resultado do plenário de trabalhadores desse mesmo dia à comunicação social presente, incluindo a data e os moldes da greve a realizar ainda durante o mês de Março, além de outras acções de luta no curto prazo", referem os sindicatos em comunicado.

"Mais de dois meses após a entrega do caderno reivindicativo, aprovado em plenário, os sindicatos representativos dos trabalhadores da Lusa foram surpreendidos por uma contraproposta da administração que consideram indigna", salientam, apontando que esta "é exactamente a que estava prevista e orçamentada para 2023 antes de qualquer processo negocial, o que é mesmo desrespeitador e provocatório do espírito de boa-fé negocial".

Os trabalhadores da Lusa rejeitaram a contraproposta no plenário de 1 de Março.

"Não é ainda aceitável que a administração não apresente uma nova proposta e que o Governo (as tutelas da Cultura e Finanças) não mostre qualquer abertura para melhoria das remunerações na Lusa, nem sequer o recomendado pelo próprio executivo para as empresas públicas (5,1%)", sublinham os sindicatos.

Os trabalhadores "esperam, desde Janeiro, por aumentos salariais condignos adequados aos anos sem aumentos salariais efectivos, ao grave aumento do custo de vida e à importância da única agência de notícias de Portugal e maior redacção do país, essencial para o serviço público de informação e para a democracia", concluem.

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