Os Gorillaz de férias no resort

Estes são os Gorillaz em resort tropical, de laptop no colo, auscultadores nos ouvidos, margarita ou daiquiri na mão, a inventar canções à beira da piscina.

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Cracker Island não traz nada de novo a este mundo fantasioso que já foi um caldeirão de criatividade borbulhante

Há 23 anos, quando começou a história dos Gorillaz, o encontro artístico entre dois ex-colegas de casa a quem a vida tinha corrido bem — Damon Albarn como vocalista de uma das mais planetárias bandas pop dos anos 90, Jamie Hewlett como criador e desenhador de comics como Tank Girl (que chegara até ao cinema numa época em que não eram ainda Marvel e DC a encher salas num filão sem fim) — parecia um simples escape das suas vidas. Era quase como um jogo de squash (final dos anos 90 lembrem-se; hoje seria paddle, naturalmente) semanal para pôr a conversa em dia, era quase como voltar a uma amizade que nascera na fase em que tudo são possibilidades para a idade adulta e à qual podiam voltar com esse desprendimento passado. Daí a opção por um quarteto de personagens (2-D, Murdoc, Noodles e Russell), um quarteto de maltrapilhos com quem não quereríamos cruzar-nos numa esquina de uma qualquer página de BD, que assumia o protagonismo e surgia como possível bálsamo de liberdade artística.

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