A nova regra do Mundial 2022 já foi utilizada pelo Irão

Para proteger jogadores que sofram ou possam ter sofrido uma concussão cerebral, as Leis do Jogo para o Mundial 2022 permitem que as equipas façam seis substituições e não apenas cinco.

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Alireza a ser transportado para fora do terreno de jogo. Reuters/MARKO DJURICA

Inglaterra-Irão, nove minutos de jogo. O guarda-redes Alireza lança-se a uma bola, mas um choque deixa-o em dificuldades. A pancada foi na cabeça e a assistência médica durou vários minutos. Azar para Carlos Queiroz, que teve de mudar o guardião? Sem dúvida. Mas poderia ter sido bem pior.

Este é o primeiro Mundial em que a FIFA e o International Board já permitem que uma lesão na cabeça, que signifique suspeitas de concussão cerebral, atribua automaticamente à equipa (e apenas a essa e não à adversária também) uma substituição adicional, além das cinco já previstas nas Leis do Jogo.

A ideia base desta adenda à Lei 3 das Leis do Jogo é não levar as equipas a forçarem a permanência do jogador em campo, por receio de serem prejudicadas. “Substituição adicional para que as equipas possam priorizar a segurança de um jogador que sofreu ou se suspeite de concussão, sem que com isso sofram uma desvantagem numérica”, pode ler-se nas Leis do Jogo 2022/23.

O conceito é definido pela FIFA como “suspeitar e proteger”. Nessa medida, o protocolo não foi cumprido como deveria — o Irão suspeitou, mas não protegeu.

Depois de um longo período de assistência, Alireza manteve-se em campo durante mais uns instantes e só depois voltou a cair no relvado. No plano da FIFA, o Irão não deveria ter corrido riscos e Alireza não teria jogado nem mais um segundo — afinal, foi para isso que lhes “ofereceram” uma substituição adicional.

Texto editado a 22 de Novembro com a correcção da informação relativa à substituição atribuída à equipa adversária.

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