A maçã Bravo de Esmolfe de Penalva do Castelo já tem loja online

Neste portal inteiramente dedicado à maçã Bravo de Esmolfe de Penalva do Castelo é possível encomendar directamente aos produtores.

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No novo portal dedicado à maçã Bravo de Esmolfe é possível encomendar aos produtores DR/CM Penalva do Castelo

É o “maior pomar online de maçã Bravo de Esmolfe”, anuncia a nova plataforma digital dedicada à variedade, onde não só é possível descobrir brevemente a história desta maçã “exclusivamente portuguesa”, originária da aldeia de Esmolfe, em Penalva do Castelo, como também conhecer os benefícios do seu consumo para a saúde e encomendar directamente aos produtores do concelho.

O objectivo do novo site - drbravo.pt - passa, precisamente, por “reduzir a cadeia de comercialização do produto e valorizar os produtores”, sublinha à Lusa Cristóvão Monteiro, responsável pelo Centro Estratégico de Inovação Territorial, entidade criadora do projecto.

A ideia é “encurtar a distância entre os consumidores e os produtores” de maçã Bravo de Esmolfe, reforça, sobretudo “numa altura muito difícil para os produtores que, para além da gestão da inflação, tiveram um percentual acentuado de quebras na produção devido à seca e a algumas condições atmosféricas adversas”.

“As grandes distribuidoras acabam por arrecadar grande parte do lucro e o produtor acaba por ser prejudicado em algumas situações e quando o produtor recebe pouco pela matéria-prima também tem pouco para investir em novas produções e numa nova escala”, aponta.

A plataforma, que está a ser trabalhada há mais de um ano pela entidade, visa contrariar este fenómeno e colmatar “algumas preocupações existentes” através da “valorização do produtor”.

Para já, é possível encomendar no site caixas de 7kg de maçã (10,50€) e, dado que não está ainda disponível “um sistema de envio ao domicílio”, ir recolhê-las directamente junto dos produtores, em Esmolfe. Após a encomenda, esclarece a plataforma, o cliente recebe um e-mail de confirmação “com mais informações sobre a morada de recolha e o formato de pagamento”.

“No entanto, já decorrem estudos e projectos-piloto que visam investigar modelos de transporte para que a maçã possa seguir directamente do pomar para casa” do consumidor, anuncia Cristóvão Monteiro.

Para além da função comercial, “este portal pretende ainda dar a conhecer as características medicinais da maçã”, “um produto 100% português e único no mundo, originário da aldeia de Esmolfe”. “Segundo estudos científicos, [a maçã] ajuda a diminuir os factores de risco directamente relacionados com doenças cardiovasculares, diabetes e cancro” e, por isso, “este é mais um passo importante em prol da promoção e valorização” desta fruta.

Também com o intuito de promover a maçã portuguesa, “nos próximos meses serão disponibilizadas experiências turísticas, bem como um conjunto de subprodutos derivados da Bravo de Esmolfe”.

O CEIT é uma entidade privada que nasceu em 2020, com sede em Penalva do Castelo, que trabalha com “várias regiões do país” em “vários serviços e projectos no sentido de valorizar os territórios e os produtos endógenos”.

A maçã Bravo de Esmolfe está classificada como produto de Denominação de Origem Protegida e caracteriza-se “pelo seu aroma intenso e agradável e pela polpa branca macia, sucosa, doce e com boas qualidades gustativas”, lê-se no portal da Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR).

Além de Esmolfe, aldeia do concelho de Penalva do Castelo de onde é originária, esta variedade regional foi sendo disseminada “por várias zonas de produção frutícola, especialmente na Região da Beira Alta e em parte da Cova da Beira”, estando a área geográfica de produção com selo DOP restringida a 33 concelhos da região.

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