PPP do Hospital de Cascais adjudicada à Ribera Salud

O Grupo Lusíadas Saúde, que geriu o Hospital de Cascais nos últimos 12 anos, anunciou em Maio que não ia participar no novo concurso para a PPP, alegando que as condições apresentadas não garantem a sustentabilidade financeira.

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Nuno Ferreira Monteiro

A Parceria Público-Privada (PPP) do Hospital de Cascais foi adjudicada ao grupo espanhol Ribera Salud, disseram esta quarta-feira o Ministério das Finanças e o Ministério da Saúde, em resposta conjunta à Lusa.

“Concluída a análise e avaliação efectuada pelo Júri do procedimento, os membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da saúde procederam, em Maio deste ano, à adjudicação da proposta apresentada pela Ribera Salud”, confirmaram os dois ministérios, depois de o Eco ter avançado a notícia.

O Governo explica que terminada a fase da adjudicação está agora em curso a fase pós-adjudicatória, período durante o qual o adjudicatário apresenta “os documentos de habilitação, prestar caução, entregar as minutas de contratos que passam a constar dos anexos ao contrato, bem como constituir a sociedade que irá assumir o papel de entidade gestora do Hospital de Cascais”.

“Cumpridos os vários trâmites legais, segue-se a assinatura do contrato de gestão e o seu envio para o Tribunal de Contas”, detalha.

O Ministério das Finanças e o Ministério da Saúde estimam que o envio do contrato de gestão para efeitos de fiscalização prévia do Tribunal de Contas, o último acto antes da produção de efeitos do contrato, ocorra durante a primeira quinzena de Setembro.

“A continuidade da prestação dos serviços clínicos no Hospital de Cascais estará sempre garantida”, garante o Governo.

Em 13 de Fevereiro de 2020, o Conselho de Ministros aprovou uma resolução que previa uma nova PPP no Hospital de Cascais, tendo a ministra da Saúde, já em Julho de 2020, numa audição parlamentar a pedido do BE e do PCP, garantido que o recurso a este mecanismo de gestão se destinava apenas para as “situações de necessidade fundamentada”.

O Grupo Lusíadas Saúde, que geriu esta unidade de saúde nos últimos 12 anos, anunciou em Maio que não ia participar no novo concurso, alegando que as condições apresentadas não garantem a sustentabilidade financeira.

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