Urgência de Obstetrícia do Hospital de Braga volta a fechar sexta e domingo

O Hospital de Braga sugere que os utentes se desloquem a outros hospitais da região em caso de necessidade.

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O Hospital de Braga tem perdido vários especialistas da área de ginecologia e obstetrícia Nelson Garrido

A Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Braga vai voltar a encerrar na sexta-feira e no domingo, disse esta quinta-feira uma fonte da administração à Lusa. Segundo a fonte, em ambos os casos os encerramentos serão de 24 horas, a partir das oito horas.

Assim, não haverá urgência desde as oito horas de sexta-feira até às oito horas de sábado e desde as oito horas de domingo até às oito horas de segunda-feira. O hospital reforça que se encontra a trabalhar de forma articulada com outros hospitais da região, para que a resposta aos utentes seja garantida pela rede de instituições do Serviço Nacional de Saúde.

Em caso de Urgência, aconselha os utentes a contactarem a Linha SNS 24 - 808 24 24 24 e a dirigirem-se a um dos outros hospitais da região, nomeadamente aqueles que têm apoio da especialidade de Ginecologia e Obstetrícia, entre os quais Guimarães, Famalicão e Viana. Em casos de maior complexidade, os utentes devem dirigir-se ao Centro Hospitalar de São João, no Porto.

No espaço de três semanas, já se registaram cinco encerramentos daquele serviço, face à impossibilidade de preencher as escalas. A mesma fonte disse à Lusa que, desde Dezembro de 2020, o Hospital de Braga já “perdeu” oito obstetras, por aposentação ou por rescisão de contrato, e que em Agosto vai sair um outro.

Entretanto, a Iniciativa Liberal (IL) anunciou esta quinta-feira que vai promover, na sexta-feira, uma manifestação frente ao Hospital de Braga, contra os sucessivos encerramentos da Urgência de Ginecologia e Obstetrícia.

A IL vinca que se opôs à mudança da gestão do Hospital de Braga, passando de um regime de parceria público-privada (PPP) para um modelo exclusivamente público.

Uma mudança que o partido classifica como “pura obsessão ideológica da ministra da Saúde e do Governo e uma contrapartida pelo apoio dos antigos parceiros da geringonça”.

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