Liverpool mais perto da final da Champions

Reds” triunfam em Anfield sobre o Villarreal na primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões.

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Jordan Henderson "marcou" o primeiro golo do Liverpool, a meias com Estupiñan Reuters/CARL RECINE

O Liverpool está bem próximo de regressar à final da Liga dos Campeões, depois do triunfo nesta quarta-feira sobre o Villarreal em Anfield por 2-0 na primeira mão das meias-finais. Os “reds” levaram mais de meio jogo até conseguirem quebrar a resistência da formação espanhola, a surpresa desta fase da competição (eliminou Juventus e Bayern em rondas anteriores). Mas a superioridade da equipa de Jurgen Klopp nunca esteve em causa, levando uma boa vantagem para a segunda mão, na próxima terça-feira, no La Cerámica.

Depois do espectacular festival ofensivo do Manchester City-Real Madrid da noite anterior (sete golos e incerteza no marcador até ao fim), o Liverpool-Villarreal tinha o peso da expectativa impossível de produzir um jogo de qualidade semelhante, porque apenas uma das equipas era de espírito atacante, enquanto a outra, o convidado inesperado desta Champions, era exactamente o contrário. A máquina ofensiva de Jurgen Klopp teria de arranjar forma de ultrapassar o submarino que Unai Emery deixou atracado em frente à sua baliza.

Klopp deixou Diogo Jota no banco (entrou aos 73’) e devolveu a titularidade a Luis Diaz, como um dos três da frente, ao lado de Sadio Mané e “Mo” Salah. Mas nem o colombiano, nem os seus colegas, pareciam particularmente inspirados para ultrapassar o muro amarelo que se ergueu em frente da baliza de Rulli, formada por todos os jogadores de campo, quase sem distinção posicional. Era um bloco a defender contra um bloco a atacar – Alisson Becker deve ter-se sentido bem sozinho na baliza do Liverpool, porque os seus colegas do sector defensivo estavam mais a meio do meio-campo dos espanhóis do que a defender a sua área.

Os “reds” foram a única equipa que atacou e, naturalmente, a única que criou perigo durante a primeira parte. Aos 12’, Mané quase fez o 1-0, mas não deu o melhor seguimento a um cruzamento de Salah, numa das raras vezes em que teve espaço entre os centrais do Villarreal. Aos 33’, o senegalês voltou a criar perigo, num remate que bateu em Albiol e quase enganou o guardião argentino do “submarino amarelo”.

O mais perto que o Liverpool esteve do golo na primeira parte foi aos 42’, num remate de muito longe de Thiago Alcântara que bateu no poste. O nulo ao intervalo não fazia justiça ao que o jogo em Anfield estava a ser. Mais Liverpool em tudo: remates (12/1), posse de bola (67%/33%) e passes (333/167). Mas era ao Villarreal que o jogo estava a correr bem. E assim seria enquanto não sofresse nenhum golo.

Não se esperava nada de diferente para a segunda parte. Liverpool a carregar, Villarreal a resistir. E Anfield não teve de esperar muito mais até festejar pela primeira vez. Aos 53’, Jordan Henderson tentou o cruzamento a partir da direita, a bola desviou em Estupiñan e Rulli nada conseguiu fazer para a impedir de entrar na sua baliza – o golo seria mesmo creditado ao lateral equatoriano.

O Villarreal nem teve tempo para se reorganizar. Dois minutos depois, o Liverpool já estava a marcar outra vez, com Mané, desta vez, a responder na perfeição a um belo passe de Salah.

Mais dois ou três golos para a equipa da casa seria uma expressão mais adequada do que aconteceu nesta primeira mão, mas talvez seja o suficiente para o Liverpool regressar à final. E o suficiente para que a bonita carreira do Villarreal, que nunca esteve na final da Champions, chegue ao fim. Mas nunca se sabe.

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