PSP apreende 62 toneladas de nitrato de amónio em operação a nível nacional

Nitrato de amónio foi apreendido por se encontrar armazenado fora das condições legais, excedendo o limite permitido. Fiscalização foi dirigida a operadores económicos que disponibilizam precursores de explosivos a utilizadores profissionais.

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Foram feitas 106 acções de fiscalização em todo o território nacional Francisco Romão Pereira

A PSP apreendeu 62 toneladas de nitrato de amónio e fez seis autos de contra-ordenação, numa operação a nível nacional, dirigida a operadores económicos que disponibilizam precursores de explosivos a utilizadores profissionais.

Em comunicado divulgado este sábado, a PSP revelou que no âmbito da operação concretizada pelos polícias do departamento de armas e explosivos, na terça e quarta-feira, foram feitas 106 acções de fiscalização em todo o território nacional.

Da acção resultaram seis autos de contra-ordenação e a apreensão do nitrato de amónio, por se encontrar armazenado fora das condições legais, excedendo o limite permitido, revelou aquela força de segurança.

A PSP refere que a operação foi realizada no âmbito das suas competências exclusivas e específicas em licenciamento, controlo e fiscalização do fabrico, armazenamento, comercialização, utilização e transporte de armas, munições, produtos explosivos, matérias perigosas e precursores de explosivos.

As substâncias que integram a lista de precursores de explosivos estão contidas em produtos de uso comum, pelo que são necessárias à normal vivência quotidiana, de acordo com a PSP, no entanto, são objecto de especial controlo em toda a União Europeia “no sentido de reduzir substancialmente o risco de desvio e emprego em acções violentas”.

Com este tipo de operações, a PSP pretende contribuir para a “redução da ameaça que os precursores de explosivos representam na União Europeia, reforçando o sistema de controlo da actividade de comercialização e utilização de precursores de explosivos, cujas substâncias ou preparações podem ser utilizadas indevidamente para o fabrico ilícito de explosivos”.

A PSP recorda ainda que os atentados ocorridos na estação Atocha, em Madrid, em 11 de Março de 2004, foram concretizados com recurso a algumas das substâncias sujeitas ao controlo e fiscalização.

O nitrato de amónio é um fertilizante muito utilizado na agricultura, por fornecer azoto às plantas, mas também é usado para fabricar explosivos. Esteve na origem da explosão no porto de Beirute em 2020.

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