Sampaio, a simplicidade e a cidade

A lei eleitoral autárquica portuguesa convida às convergências pré-eleitorais. O costume destas coisas implicaria que agora teríamos de saber de quem foi culpa de não ter havido uma convergência mais ampla. A lição de Jorge Sampaio é a de que teremos de reconstruir a convergência no futuro.

Perdemos Jorge Sampaio enquanto esta crónica esteve suspensa, durante a campanha eleitoral pelas autárquicas, e não poderia ser senão por Jorge Sampaio que ela recomeça. Referência maior de uma certa forma de estar em democracia, com respeito por todos e firmeza nos princípios, valores e ideais, Sampaio foi eleito Presidente da República com o lema “Um por todos”, apenas — sem o resto da famosa frase, porque ela não teria cabimento na sua visão pluralista da política nem naquilo que era, afinal, a sua modéstia. Mas é agora que já não o temos que devemos cumprir com o resto e ser “todos por um” — a honrar a sua memória e a prolongar a sua obra, em particular nos programas de apoio aos estudantes refugiados que ele lançou nos últimos anos.

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