Douglas Stuart: “Inspiram-me as almas ternas em lugares difíceis”

Vive em Nova Iorque há cerca de vinte anos. A distância face a Glasgow, onde nasceu e teve uma infância difícil, deu-lhe a perspectiva e a claridade necessárias para conseguir ficcionar sobre esses anos da década de 1980, em que o thatcherismo atirou para o desemprego dezenas de milhares de pessoas. Douglas Stuart deu-lhes agora voz num romance comovente e duro, Shuggie Bain. E ganhou o Booker Prize.

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Rui Gaudêncio

Com Shuggie Bain, romance de estreia, Douglas Stuart (n. 1976) recebeu o Booker Prize 2020, um dos prémios literários mais importantes do mundo. Foi o segundo autor escocês a ser distinguido — o primeiro, em 1994, foi James Kelman, com How Late It Was, How Late. Depois de o original ter sido rejeitado por 33 editoras norte-americanas e por mais uma dúzia de britânicas, Shuggie Bain chegou às livrarias uma semana antes de o mundo se ter fechado em confinamento. Parecia estar destinado ao silêncio. Mas o prémio trouxe-lhe uma segunda vida.

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