As frases do antigo Presidente da República: “Sou um homem inquieto”

O antigo chefe de Estado morreu esta sexta-feira aos 81 anos. Aqui ficam as frases mais célebres ditas por Jorge Sampaio.

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lm miguel manso

Frases do antigo Presidente da República Jorge Sampaio, que morreu esta sexta-feira.

“Não podemos responder às crises humanitárias ao sabor de modas ou ignorá-las por razões de cansaço, enfado ou indiferença. A crise síria, no Iémen, no Haiti, no Tigray, no Sudão, no Sudão do Sul, na Somália, em Cabo Delgado ou a actual situação no Afeganistão, para citar apenas alguns exemplos, atingem homens, mulheres, jovens e crianças com a mesma gravidade, igual força e idêntica desesperança”.

Jorge Sampaio, in Público, 21 Agosto 2021

“Desistir não é opção e não podemos deixar que um vírus mate a Europa e nos arraste consigo. Há que fazer do sobressalto civilizacional que estamos a viver uma oportunidade de renovação do pacto europeu. Quero crer que, como a Fénix, haveremos de renascer.”

Público, 18 de Abril de 2020

“É fundamental que votem porque é a única maneira de podermos exprimir as nossas convicções, opiniões, visão sobre o futuro que cada um deve ter e assumir a nossa parte de responsabilidade.”

Lusa, 6 de Outubro de 2019

“Agora andam todos a medir-se, são todos sociais-democratas.”

18 de Setembro de 2019

“Os agentes políticos estão muito desprestigiados perante os cidadãos em geral.”

Público, 15 de Setembro de 2019

“[As instituições] não dão resposta às aspirações das pessoas. Há uma grande descrença nas instituições políticas.”

19 de Outubro de 2018

“O PS está em boas condições para poder liderar uma renovação, não diria da social-democracia -- que lá fora quer dizer outra coisa -- mas, para utilizar o jargão português, do socialismo democrático.”

Expresso, 20 de Janeiro de 2018

“Quando olho para trás, para a minha longa vida pública, o que emerge não são feitos passados, mas a preocupação com o futuro. Sempre me disseram que sou um homem preocupado. Assumo que sou um homem inquieto.”

7 de Abril de 2017

“Não há economia, nem mercado, nem política, nem democracia sem esse cimento de base, a confiança. Não há paz duradoura se a desconfiança minar as relações entre comunidades, povos e nações, se o pacto social for rompido.”

Público, 14 de Novembro de 2016

“[Em Portugal], são cada vez mais fortes as posições nacionalistas contra a integração europeia, incluindo do PCP e do BE.”

Público, 14 de Novembro de 2016

“A eleição de Donald Trump para Presidente dos EUA traz consigo um lote acrescido de imprevisibilidade e de incertezas, sendo plausível um período mais longo de ajustamentos ou mesmo, digamos, de aprendizagem por ensaio-e-erro no plano da política externa da nova administração, com todos os riscos inerentes.”

9 de Novembro de 2016

“A protecção dos refugiados não é opcional, nem pode ser à la carte. Não é um restaurante onde a gente escolhe o bife ou a posta de pescada.”

12 de Outubro de 2016

“Não sei como será o mundo daqui a cinco ou a dez anos. Mas espero que possa olhar para trás e perceber (...) que conseguimos preservar os valores da democracia, dos direitos, da liberdade e da tolerância em que acreditamos e voltar a página conturbada das duas primeiras páginas do século XXI.”

27 de Janeiro de 2016

“Um Presidente da República não é uma folha seca, é alguém que tem de ter princípios e valores que defende a Constituição e está recheado de vivências.”

17 de Dezembro de 2015

“Demitir o Governo não faz parte dos poderes normais do Presidente da República a partir da revisão constitucional de 1982 [e] é muito difícil de utilizar com razoabilidade.”

27 de Novembro de 2015

“Não deixa de ser -- e peço desculpa pela expressão -- anedótico, não fora o terrível drama humano subjacente, constatar a cacofonia europeia gerada em torno do acolhimento de escassíssimos 40 mil refugiados, agora acrescidos de 120 mil, no universo populacional de 500 milhões de habitantes.”

9 de Setembro de 2015

“Temos de reconhecer que nós, os nossos governos e a comunidade internacional, falhámos em actuar da forma correcta para elevar as expectativas e liderar o caminho para proteger aqueles que mais precisam.”

24 de Julho de 2015

“Perdoem-me por esta evocação mais pessoal e nacional. Mas devo dedicar esta aclamação ao meu país e aos meus caros concidadãos. Os portugueses são um povo bravo, generoso, extrovertido e resiliente.”

Ao receber o prémio Nelson Mandela

24 de Julho de 2015

“Uma Europa que tem o desemprego que tem, que tem as xenofobias que tem, que tem a extrema-direita que começa a ter, que tem eleições próximas perigosas para vários partidos tradicionais, precisa de encontrar uma linguagem que dê satisfação aos cidadãos em geral.”

24 de Fevereiro de 2015

“Num Estado de Direito democrático, qualquer acordo político pressupõe o respeito do quadro constitucional em que vivemos e no nosso Estado de Direito quem define o sentido dos comandos que decorrem deste quadro é o Tribunal Constitucional. Se não se aceita isto, se não se respeita isto, não há acordo ou compromisso possível, nem sequer ele seria desejável.”

18 de Julho de 2014

“A situação [do País] está económica, financeira e politicamente bloqueada.”

Antena 1, 23 de Maio de 2013

“Se pensarmos no desemprego e, claro, no desemprego jovem devemos perguntar que tipo de democracia é que se está a falar, que tipo de Europa é esta que não faz nada para travar este problema?”

3 de Maio de 2013

“As pessoas estão no limite [com a troika]”

CMTV, 24-03-2013

“A disfunção entre a classe política e o povo é cada vez maior. Não temos sido capazes de governar com sentido estratégico de forma a dar confiança aos portugueses.”

19 de Março de 2013

“Está a deteriorar-se, de forma preocupante, o mínimo de diálogo político para se chegar a decisões consensuais.”

Expresso, 19 de Janeiro de 2013

“Já toda a gente percebeu que a austeridade rebenta com o país, com os portugueses e a sua esperança, com os direitos e até com a própria democracia.”

SIC Notícias, 13-10-2012

“A crise actual que as sociedades europeias enfrentam não é só financeira, nem económica, nem política, mas é também uma crise de valores, de cultura e de civilização.”

Lusa, 1 de Junho de 2012

“Há mais vida para além do orçamento. A economia é mais do que finanças públicas”, discurso na cerimónia comemorativa do 25 de Abril, 2003

“Para quem como eu tem feito da luta contra a lamúria um desígnio prioritário, é particularmente grato ver como Portugal mudou muito nos últimos anos e de como os portugueses estão mais seguros das suas capacidades e mais confiantes das possibilidades que o futuro nos oferece, se soubermos ser determinados e nos concentrarmos nos desafios essenciais, deixando as querelas estéreis”.

Prefácio do Livro Portugueses Vol. III, 1999

“Não há maiorias presidenciais. Serei o Presidente de todos os portugueses. De todos, sem excepção”, discurso da posse, 9 Março de 1996

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