US Open com programa dedicado à saúde mental

O qualifiying do torneio do Grand Slam arrancou com cinco portugueses.

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Reuters/Susan Mullane

O problema tornou-se público quando Naomi Osaka pretendeu não comparecer às conferências de imprensa no último torneio de Roland Garros. As queixas da japonesa quanto ao assédio mental por parte da comunicação social levaram-na a desistir do torneio. Mas o debate sobre a saúde mental dos atletas de alta competição reavivou-se há poucas semanas, durante os Jogos Olímpicos, depois de a ginasta Simone Biles admitir a enorme pressão com que estava a competir em Tóquio. Ciente do problema, a federação norte-americana de ténis (USTA) resolveu criar a Mental Health Initiative, para apoiar os tenistas que vão participar no US Open, cujo qualifying começou nesta terça-feira a disputar-se.

O já muito completo corpo médico do torneio passa agora a incluir profissionais especialistas em saúde mental, que estarão disponíveis para apoiar os atletas durante a quinzena. Ao mesmo tempo, foram criados quartos silenciosos, onde os atletas podem refugiar-se do bulício normal nestes grandes torneios.

“A questão da saúde mental foi trazida para a discussão durante a pandemia, pois várias pessoas, incluindo jogadores, lutaram com ansiedades e emoções que advieram da covid-19. Em conjunto com as pressões do desporto profissional, esta nova realidade sublinhou a necessidade de disponibilizar meios adicionais para apoiar todos os aspectos da saúde dos atletas, incluindo a saúde mental e bem-estar”, justificou Stacey Allaster, presidente executiva da USTA.

Nos courts do Billie Jean King National Tennis Center, já há muito ténis a decorrer, com a realização das fases de qualificação que irão apurar os derradeiros participantes nos quadros principais de singulares. Portugal contava com cinco candidatos: Pedro Sousa, João Sousa, Frederico Silva, João Domingues e Gastão Elias.

Frederico Silva (180.º) abriu a jornada no court 4, mas não teve sorte na sua estreia no torneio, pois defrontou o quarto mais cotado do qualifying, o polaco Kamil Majchrzak (115.º), que dominou o encontro, encerrado com 6-1, 6-4. No set inicial, Silva só logrou ganhar cinco pontos quando serviu, o que resultou em dois breaks cedidos. E também não aproveitou os dois break-points à sua disposição. O segundo set foi totalmente diferente, com Majchrzak a desfazer o equilíbrio registado na partida com um break, a 4-4.

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