Nove detidos em operação de combate ao streaming ilegal

Segundo a PJ, os suspeitos divulgavam na Internet o acesso condicionado a serviços de televisão e recebiam quantias fixas de centenas de aderentes.

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Sebastião Almeida

Nove pessoas foram detidas no âmbito da operação Dark Stream pela prática dos crimes de burla informática, falsidade informática, acesso ilegítimo, fraude fiscal, branqueamento e associação criminosa, informou esta quarta-feira a Polícia Judiciária (PJ).

Em comunicado, a PJ adianta que no âmbito da operação a nível nacional de combate ao streaming ilegal foram realizadas 13 buscas, nove domiciliárias e quatro não domiciliárias e foram detidas nove pessoas, seis homens e três mulheres com idades entre os 35 e 55 anos.

Além destes detidos foram ainda constituídos mais dois arguidos.

A PJ adianta que uma das detenções ocorreu em flagrante delito por posse de diversos tipos de armas de fogo ilegal.

Durante a operação foi apreendido, segundo a PJ, diverso material probatório, nomeadamente, seis bastidores de servidores e diverso outro material informático de suporte à actividade criminosa, o saldo de contas bancárias, cerca de oito mil euros em numerário e um automóvel.

“A investigação iniciou-se em 2019, tendo sido recolhidos elementos probatórios relevantes para o desmantelamento desta estrutura criminosa, que se dedicava à partilha de acesso ilícito a conteúdos televisivos através do serviço de streaming por IPTV”, é referido na nota.

A PJ conta que os suspeitos divulgavam na Internet o acesso condicionado a serviços de televisão, recebiam quantias fixas de centenas de aderentes e auferiam lucros significativos com esta actividade ilícita.

Está estimado em cerca de meio milhão de euros o prejuízo causado à operadora de telecomunicação detentora dos direitos de difusão.

Os detidos irão ser presentes às autoridades judiciárias para efeitos de aplicação das medidas de coação.

Na investigação participaram a PJ, através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica, com o apoio da Directoria do Norte, Directoria do Sul, Unidade Local de Évora, Unidade de Perícia Tecnológica e Informática, e ainda do Corpo de Operações Especiais da GNR, em investigação titulada pelo Departamento de Investigação e Acção Penal de Sintra.

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