Portugal registou nesta quinta-feira mais 430 casos de infecção pelo SARS-CoV-2. Pela quarta vez nos últimos sete dias, não se registou qualquer morte, de acordo com o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgado nesta sexta-feira. O R(t) e a incidência a nível nacional mantêm a tendência crescente: o índice de transmissibilidade é de 1,08 (estava em 1,07) e a incidência aumentou de 66,4 para 69,8 casos de infecção por 100 mil habitantes, a 14 dias.

Desde o início da pandemia, o número de infectados ascende agora a 851.461. O país soma um total de 17.029 vítimas mortais.

Depois de três dias com alguns dos valores mais altos dos últimos tempos – esta semana teve a segunda-feira com mais casos desde 22 de Fevereiro e na terça e quarta-feira registaram-se consecutivamente máximos diários em quase dois meses –, os casos identificados nesta quinta-feira, que foi feriado, marcam uma descida nos números. As 430 infecções são o registo mais baixo de casos de uma quinta-feira desde 7 de Maio, quando se somaram 377 infecções. Nas últimas duas semanas, os relatórios de sexta-feira (dados de quinta-feira) indicaram 598 (28 de Maio) e 559 casos (21 de Maio).

Há mais 13 pessoas internadas (num total de 267) e mais uma pessoa em unidades de cuidados intensivos (num total de 53). Apesar do aumento de doentes hospitalizados, o número é menor que o verificado no domingo, quando estavam 283 (e 52 nos cuidados intensivos).

Há mais 300 recuperações, elevando o total de pessoas recuperadas para 810.959. Excluindo estes casos e os óbitos, há mais 130 casos activos em Portugal que no dia anterior. São agora mais de 23 mil (23.473). Quer isto dizer que mais de 95% dos infectados recuperaram da doença, sendo que 2,8% dos casos ainda estão por resolver. Já a taxa de letalidade está nos 2%.

A maioria dos casos desta quinta-feira volta a concentrar-se em Lisboa e Vale do Tejo, que reporta cerca de metade do total (217 dos 430). Segue-se o Norte com mais 132 casos, os Açores com 26, o Centro com 20, o Alentejo com 16, o Algarve com 11 e a Madeira com oito casos.

Relativamente aos valores da matriz de risco que guia o desconfinamento, Portugal continua a aproximar-se da “zona amarela”. Voltaram a registar-se aumentos na incidência, e o R(t) – índice de transmissibilidade, correspondente ao número de pessoas que são infectadas por alguém com o vírus activo – subiu para 1,08 a nível nacional e para 1,10 no continente.

A incidência a nível nacional é agora de 69,8 casos de infecção por 100 mil habitantes a 14 dias (antes era de 66,4). Se considerarmos só os registos do continente, a incidência é agora de 67,5 (estava em 63,7). A matriz de risco é actualizada às segundas, quartas e sextas-feiras.