Quarenta e sete anos depois, vivemos numa democracia com alguns defeitos. Felizmente

Fizemos da liberdade que nos foi restituída o que quisemos e continuaremos a fazer dela o que formos querendo. E fizemos imenso.

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1. Já dei este exemplo várias vezes ao longo dos anos, mas infelizmente ainda não chegámos lá. Quando, há mais de 20 anos, fui ao British Council apresentar a candidatura da minha filha mais velha a uma universidade britânica, fiquei de boca aberta quando a senhora que me atendia me disse que não precisava de apresentar certificados disto e daquilo. Bastava preencher os formulários com as informações necessárias sobre o percurso escolar e as respectivas médias, mais uma carta de um dos seus professores do último ano do liceu atestando, não o aproveitamento, mas a maturidade. A senhora explicou-me pacientemente que as instituições públicas do seu país confiavam nos cidadãos e que a percentagem daqueles que, eventualmente, poderiam tentar enganar o sistema era tão residual que não compensava nem merecia o esforço. Achei isto tudo admirável. Hoje, tantos anos depois, a desconfiança do Estado em relação aos cidadãos já não é tão grande, mas a desconfiança dos cidadãos nos chamados “poderosos”, com particular evidência para os políticos, continua a ensombrar a sociedade portuguesa.

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