Autarquias vão garantir refeições a alunos carenciados e do pré-escolar em Agosto

Autarquias têm planos de actividade para os estudantes. Regime take-away destes espaços será prolongado.

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Daniel Rocha

O funcionamento das cantinas escolares foi prolongado até ao dia 31 de Julho, mas, em Agosto, serão as autarquias a garantir refeições aos alunos carenciados e aos do ensino pré-escolar, escreve o Jornal de Notícias esta sexta-feira.

O presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, diz ao PÚBLICO que as autarquias têm planos de actividades para estes alunos durante o mês de Agosto que incluem refeições nas cantinas escolares.

“As câmaras asseguram estas refeições com um plano de actividades. Não é só os alunos irem à escola, almoçarem e regressarem a casa. É no âmbito de um programa que as autarquias têm que asseguram o lanche e o almoço”, explica o dirigente, destacando que o número de estudantes que almoçaram nas cantinas durante o mês de Julho foi “residual”. Filinto Lima elogia porém as alternativas para os pais de crianças mais jovens – no pré-escolar e primeiro ciclo – que estes programas representam, num período em que muitas pessoas regressam ao trabalho após o período de layoff: "Os alunos mais velhos são mais autónomos e os mais jovens têm essas actividades de que falei. É uma ajuda muito grande, sobretudo para os pais nessa situação.”

O presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Paulo Cunha, diz que a autarquia já assegura há vários anos estas refeições em Agosto. “O serviço de apoio às refeições não está confinado ao período escolar. Há já alguns anos que a Câmara o assegura e assim vai continuar a ser. É um apoio que não será colocado em causa em circunstância alguma, muito menos nesta altura difícil”, explicou o autarca, citado pelo JN. Neste município são servidas, diariamente, 260 refeições a alunos do Básico e Secundário e 650 no pré-escolar.

O prolongamento deste modelo durante o mês de Agosto vai acontecer por todo o país, com o jornal diário a avançar que a Câmara do Porto, Gaia, Estarreja, Ílhavo, Mealhada, Famalicão, Castelo de Paiva, Santa Maria da Feira, Marinha Grande, Loures, Oeiras, Cascais e Sintra vão assegurar estas refeições.

Em Cinfães, Manuel Pereira, director do agrupamento e presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, diz ao PÚBLICO que, em caso de impossibilidade de as crianças irem presencialmente às cantinas, a autarquia envia cabazes com bens perecíveis às famílias. 

O regime take-away poderá ser prolongado depois de Agosto, num momento em que as escolas discutem as orientações de higiene e segurança que devem ser aplicadas no próximo ano lectivo. Os refeitórios são um dos espaços onde há, por norma, maior concentração de alunos. Muitos directores equacionam colocar as cantinas em regime take-away, em concordância com as directrizes enviadas às escolas pelas autoridades de saúde e educação. 

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