Doze autores vão receber bolsas de criação literária

O ficcionista Afonso Reis Cabral e a poetisa Margarida Vale de Gato são dois dos autores contemplados com bolsas anuais ou semestrais

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Afonso Reis Cabral

O Ministério da Cultura divulgou esta quarta-feira os resultados do concurso para atribuição de bolsas de criação literária, promovido pela Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, que elegeu 12 autores para beneficiarem de bolsas anuais ou semestrais, num montante global de 135 mil euros.

O prazo para entrega de candidaturas tinha terminado no passado dia 4 de Novembro, e o júri teve de escolher entre 169 candidatos distribuídos por diferentes géneros literários, da ficção narrativa à poesia e da literatura para a infância e juventude à dramaturgia, tendo ainda sido atribuídas duas bolsas no âmbito da banda desenhada. 

Os autores que irão agora receber 1250 euros mensais durante seis meses ou um ano, consoante a duração da respectiva bolsa, são Afonso Reis Cabral (anual) –​ o seu mais recente romance, Pão de Açúcar, venceu em Outubro o prémio José Saramago –​, João Maria Lourenço (anual)​, Judite Canha Fernandes (anual) e Diogo Paiva (semestral)​, na ficção, João Pedro Fonseca (anual), Susana Moreira Marques (anual) e Nuno Valente (semestral), na literatura para a infância, Margarida Vale de Gato (semestral) e Inês Sofia Jacob (semestral), na poesia, Francisco Sousa Lobo (anual) e Sofia Neto (semestral), em banda desenhada, e ainda Lígia Soares (semestral), na dramaturgia. 

Interrompido em 2002 e reactivado apenas em 2017, o programa de atribuição de bolsas teve este ano como júri o ensaísta Fernando Cabral Martins, coordenador do Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português, que presidiu, as escritoras Luísa Costa Gomes, Julieta Monginho e Luísa Ducla Soares, esta última com vasta obra no domínio da literatura para a infância, a investigadora Paula Gomes Magalhães, especialista em teatro, e o crítico de banda desenhada Carlos Pessoa. 

Segundo a acta do júri, este centrou a sua avaliação das candidaturas em quatro critérios, aos quais atribuiu diferentes ponderações, com a “qualidade literária e estética do projecto” apresentado a valer 45%, os “trabalhos de natureza literária já realizados” a representarem 25%, e o “domínio da língua” a corresponder a 20%, sendo os restantes 10% reservados para a “adequação ao tempo da bolsa”. 

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