A greve climática volta a sair à rua e os partidos saem com ela

Há manifestações marcadas para três dezenas de localidades portuguesas. Além das escolas de todo o país, também os partidos vão associar-se à iniciativa.

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Nelson Garrido

É um dos temas mais presentes na campanha eleitoral. Com maior ou menor destaque, a crise ambiental/emergência climática tem ocupado as agendas dos partidos nos tempos que antecedem as eleições legislativas. Nesta sexta-feira, de Norte a Sul do país, o assunto volta a sair à rua numa greve que é global. E os partidos saem com ele.

O maior investimento é o do Bloco de Esquerda que tem como sua principal acção do dia a presença na manifestação de Braga, distrito pelo qual concorre o mais jovem candidato do partido, Miguel Martins, de 18 anos. Mas os bloquistas não são os únicos a marcar presença nos vários protestos espalhados pelo país. Ainda à esquerda, também a CDU se fará representar pela deputada Rita Rato, cabeça de lista pelo círculo da Europa e pela candidata Alma Rivera, segunda na lista por Lisboa e membro da Juventude Comunista. As duas comunistas participam na concentração de Lisboa, marcada para as 15h, no Cais do Sodré.

Já o PS irá estar representado pela Juventude Socialista na manifestação da capital.

A campanha nacional do PSD não prevê deslocar-se às manifestações de Lisboa e Porto, uma vez que a comitiva social-democrata estará em Castelo Branco e na Guarda. Ainda assim, José Silvano, secretário-geral do PSD, ressalva que “a nível distrital pode haver participação”. No caso do distrito de Lisboa, “a presença do PSD será assegurada pela cabeça de lista, Filipa Roseta acompanhada de outros candidatos a deputados e uma comitiva da JSD de Lisboa”, informou o gabinete de imprensa do partido.

O CDS não se compromete, mas acredita que “certamente muitos jovens do CDS e membros das estruturas locais estarão presentes nas manifestações”. Já o PAN participará na iniciativa e escolheu o dia da Greve Climática Global para deixar os carros e usar os transportes públicos.

Entre outras reivindicações, os manifestantes que ocupam as ruas nesta sexta-feira exigem o encerramento das centrais termoeléctricas de Sines e do Pego já na próxima legislatura, o fim das “concessões petrolíferas de gás ainda existentes em Portugal e a revogação da legislação que permite o lançamento de novas concessões de petróleo e gás no país” e a proibição de “importação de gás natural”.

Nota: Notícia actualizada às 14h45 com informações da distrital de Lisboa do PSD.

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