Na noite, André Cepeda encontrou a cidade

Projecto inédito na produção fotográfica de André Cepeda, Anti-Monumento é um livro de fotografia que nasceu nas noites do Porto, à volta de uma escultura pública. Reflecte os tempos da troika e da violência que se abateu, triste e dolorosa, sobre o país, mas, ao mesmo tempo, transcende-os.

Foto

Luzes e cores reflectidas no chão sujo, no vidro quebrado, no ferro corroído. Em reentrâncias, ângulos, paredes, volumes, vértices. Superfícies familiares, mas indiscerníveis, iluminadas e, no entanto, sombrias. A sensação é a de uma vertigem ansiosa e espantada. O que nos mostra, afinal, André Cepeda (1976, Coimbra) em Anti-Monumento? Detalhes de uma construção, lugares de uma cidade? Uma noite cortante e triste que nos engole? Para começar, não estamos diante de uma exposição, mas de um livro em que cada página é uma imagem do Monumento ao Empresário, do escultor José Rodrigues (1936-2016).

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