Guterres recebe quinta-feira prémio Carlos Magno pela defesa dos valores europeus

Ex-líder do Governo é o primeiro português a receber o prestigiado prémio internacional, atribuído desde 1950.

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António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas LUSA/JUSTIN LANE

O secretário-geral da ONU, António Guterres, vai receber na quinta-feira o Prémio Carlos Magno, numa cerimónia na localidade alemã de Aachen, na qual participarão, entre outros, o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

António Guterres torna-se o primeiro português a receber o prestigiado prémio internacional, atribuído desde 1950 a personalidades que tenham contribuído para a unidade do continente europeu.

O comité que atribui o prémio anunciou em Janeiro passado a atribuição do galardão de 2019 ao antigo primeiro-ministro e Alto Comissário da ONU para os Refugiados, apontando que o actual secretário-geral das Nações Unidas é “um destacado defensor do modelo europeu de sociedade, do pluralismo, tolerância e diálogo, de sociedades abertas e solidárias, do fortalecimento e consolidação da cooperação multilateral”.

O discurso laudatório está a cargo do rei de Espanha, Felipe VI, e na cerimónia participarão, entre outros, o primeiro-ministro António Costa - que viaja para Aachen (no oeste da Alemanha, junto à fronteira com a Bélgica) desde Bruxelas, onde participou na quarta-feira numa cimeira informal de líderes da UE -, Juncker e o rei Juan Carlos de Espanha, também ele já distinguido, em 1982.

Já esta quarta-feira à noite, os convidados participarão num jantar em homenagem a Guterres na localidade de Aachen, a cidade escolhida por Carlos Magno (742-814), por muitos considerado o “pai da Europa”, para sede do seu império, estando a atribuição do prémio agendada para o final da manhã de quinta-feira, no salão de coroação da Câmara de Aachen.

O prémio já distinguiu no passado figuras como Winston Churchill, Robert Schumann, Jacques Delors, Bill Clinton, Jean-Claude Juncker, Angela Merkel e os papas Francisco e João Paulo II.

O galardão consta de uma medalha, um pergaminho e o montante simbólico de 5000 euros.

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