Tondela vai tentar que a “bomba” da descida volte a não explodir

Falta saber quem será a terceira equipa a descer à II Liga, acompanhando Nacional e Feirense. O Tondela, já experiente em salvações na última jornada, volta a “brincar com a sorte”.

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Tondela já conseguiu duas salvações na última jornada. LUSA/NUNO ANDRÉ FERREIRA

Há, na I Liga, uma equipa com gosto especial pelo abismo, já que, para o Tondela, a presença na I Divisão parece ter pouco prazer se não for disputada na última jornada. No jogo do “passa a bomba”, o explosivo nunca é detonado na Beira.

Em quatro participações, a equipa beirã vai para o terceiro “tudo ou nada”, sempre com premissas comuns: começa a jornada na zona de descida, joga em casa na última ronda, vence o seu jogo, beneficia da derrota do adversário directo e salva-se.

Foi assim em 15/16, na estreia na I Liga. Na jornada 34, venceu a Académica, em casa, por 2-0, e beneficiou da derrota do União da Madeira com o Rio Ave, para sair da zona de despromoção.

Foi também assim em 16/17, mas com ainda mais risco envolvido. Também em zona de descida à entrada para a última ronda, o Tondela venceu o Sp. Braga, em casa, por 2-0, e beneficiou da derrota do Arouca no Estoril, para atirar os arouquenses para a II Liga. Salvou-se, apenas, pelo confronto directo.

Neste domingo, o Tondela volta a “brincar com a sorte” e tem as contas a envolver ainda mais risco. Recebem o Desp. Chaves, num “tudo ou nada” tão ou mais interessante do que os anteriores: desta vez, há duelo directo em Tondela.

As duas equipas estão empatadas à entrada para a ronda 34, com 32 pontos. O Desp. Chaves venceu na primeira volta, em Trás-os-Montes, por 2-1, pelo que tem vantagem no confronto directo. Isto equivale a dizer que ao Chaves basta um empate para ficar na I Liga, enquanto ao Tondela só a vitória interessa.

As contas estão difíceis, para os beirões, mas, para uma equipa já tão experiente na “arte” do “passa a bomba”, uma vitória por 1-0, na última jornada, não parece assim tão hercúlea.

Nacional nem “aqueceu o lugar”

Tudo isto vai servir para encontrar o último clube que acompanhará Nacional e Feirense na descida à II Liga. A equipa madeirense nem chegou a “aquecer o lugar” e regressa ao segundo escalão um ano depois de ter subido ao primeiro.

A equipa não ficou longe da salvação, mas a derrota com o FC Porto, na última jornada, tirou aos insulares as possibilidades de ficar na I Liga. Foi Costinha quem colocou o Nacional junto dos grandes, mas foi também Costinha quem o levou de volta à segunda.

Com o Feirense, por outro lado, as contas desde cedo pareceram fechadas. Ou perto disso. A equipa somou duas vitórias nas duas primeiras jornadas, mas não mais festejou um triunfo em toda a temporada – um recorde absoluto na I Liga.

Já sem Nuno Manta Santos, Filipe Martins, contratado ao Mafra, não conseguiu salvar os “fogaceiros”, ms conseguiu, na última ronda, uma vitória de consolação (frente ao Desp. Aves), depois de dois empates 4-4 nas duas últimas jornadas. Foram cinco pontos nas últims três rondas, tantos como nas 17 anteriores.

Mas pouca atenção será dada a Feirense e Nacional, já que, em Tondela, haverá um escaldante “passa a bomba”.

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