Domingues deu “troco” a Tsitsipas, mas o Estoril Open já não tem portugueses

Com este triunfo, o grego garante bilhete para as meias-finais do torneio português, num jogo no qual passou por dificuldades.

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Domingues agradeceu o apoio do público do Estoril, que já não verá portugueses no court. LUSA/JOSE SENA GOULAO

O Estoril Open já não tem tenistas portugueses em prova. Nesta sexta-feira, João Domingues não conseguiu fazer a terceira surpresa no torneio - já tinha eliminado os top-50 de Minaur e Milmann - e acabou por perder frente a Stefanos Tsitsipas, por 2-0 (7-6 e 6-4). 

Com este triunfo, o grego garante bilhete para as meias-finais do torneio português - espera por David Goffin ou Malek Jaziri -, num jogo no qual, ainda assim, passou por dificuldades.

No court central do Clube de Ténis do Estoril, o número 10 do ranking mundial viu João Domingues dar muito “troco”, oferecendo uma réplica forte no primeiro set. O português chegou a servir para fechar a primeira partida - vencia por 5-4 -, mas permitiu ao primeiro cabeça-de-série do torneio quebrar-lhe o serviço e prolongar um set apenas decidido no tie-break (7-3).

A segunda partida, ainda que novamente equilibrada, acabou por ter uma história menos rica, com Domingues a ceder dois jogos de serviço na ponta final do set, comprometendo as teoricamente já parcas probabilidades de eliminar o “tubarão” Tsitsipas.

Este resultado deixa o torneio sem representação portuguesa, depois das eliminações de Domingues, João Sousa e Pedro Sousa no quadro de singulares e, na variante de pares, da desistência da dupla Pedro Sousa/Gastão Elias, bem como das eliminações das parelhas João Sousa/Leonardo Mayer e Tiago Cação/Frederico Gil.

“Estou chateado”

No final da partida, João Domingues não escondeu a frustração por ter falhado nos momentos decisivos, depois de ter dado boa réplica ao número 10 do ranking mundial.

“Tive demasiadas chances, não aproveitei e estou chateado com isso”, disparou, em conferência de imprensa, detalhando: “Faltou ter aproveitado as minhas oportunidades, que foram muitas. Mesmo muitas. A servir no 5-4, com 30-0, tinha uma bola fácil para o 40-0 e falhei. O Tsitsipas tem nível para voltar ao jogo e voltou. Mas eu tinha o jogo na minha mão e tudo dependia de mim”.

E prosseguiu: “Sinceramente, esse ponto fez diferença. Fiquei a pensar nele e não consegui ultrapassá-lo logo. Mas não foi só por isso que perdi. Tive mais chances durante o encontro”.

Apesar da desilusão, Domingues garantiu que tira deste Estoril Open “70% de coisas positivas, de 0 a 100”, e deixou uma reflexão: “A experiência que retiro – e que reforça o que eu já pensava – é que o nível entre o top-10, 50, 100 ou 200 não é muito grande. A diferença é que eles [jogadores de rankings mais altos] conseguem jogar a alto nível durante mais tempo num ano”.

Para o futuro, o tenista de Oliveira de Azeméis garante que sai do torneio a acreditar mais nele próprio e avança: “De 0 a 10 não sei qual é o meu nível de jogador, mas estou na positiva. Mas quero e ambiciono mais”.

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