Patrulha Gato entra em acção em Lisboa

Programa aprovado pela Câmara de Lisboa pressupõe a recolocação de "colónias de gatos em risco" para combater ratos e ratazanas na cidade. Arranca ainda em Fevereiro.

Foto
ANA LUISA SILVA / PUBLICO

O programa Patrulha Gato, aprovado pela Câmara de Lisboa e que prevê a recolocação de colónias de gatos silvestres para combater a presença de ratos e ratazanas na cidade, arranca este mês, informou esta sexta-feira, 22 de Fevereiro, a associação Animais de Rua.

Em comunicado, a Animais de Rua esclarece que o programa, lançado pela associação em parceria com a Provedoria dos Animais de Lisboa e a Casa dos Animais de Lisboa, tem como principal objectivo a recolocação de "colónias de gatos em risco", com a sua devolução aos locais de origem, em zonas "com queixas sobre a presença de roedores". A Animais de Rua lembra que a presença dos gatos se "revela dissuasora do surgimento de várias espécies de roedores, incluindo ratos e ratazanas".

Citada na nota, a provedora dos Animais de Lisboa, Marisa Quaresma dos Reis, considera que, "além de ser um método extremamente eficaz no afastamento de ratos", esta é "uma solução muito pedagógica e com grande potencial de sensibilização junto da comunidade". Marisa Quaresma dos Reis sublinha que o programa Patrulha Gato apoia o trabalho da área da higiene urbana no controlo de ratos, sem impacto ambiental e sem riscos para a saúde humana.

A provedora defende que é "necessário encontrar soluções humanas, éticas e úteis à cidade", de modo a garantir o bem-estar dos munícipes e o "respeito pela natureza silvestre dos animais alvo de intervenção CED [capturar-esterilizar-devolver]", recordando que a gestão de gatos vadios não deve passar apenas "pela sua captura, esterilização e devolução ao local de origem".

No comunicado, a presidente da Associação Animais de Rua, Maria Pinto Teixeira, também refere que o Patrulha Gato será importante no "controlo da presença de outras espécies cuja população possa implicar riscos para a saúde pública". Maria sublinha ainda que esta é uma "forma mais ética e mais ecológica do que as medidas actualmente implementadas", podendo ser depois reproduzida noutras cidades.

Segundo o comunicado, "os pedidos de acolhimento de gatos silvestres podem ser feitos por particulares ou organismos públicos, ou colocados, a pedido da direcção de Higiene Urbana, em locais públicos sinalizados com excesso de ratos e onde não haja impedimento logístico ou legal à colocação de gatos". A associação recorda que os munícipes que tenham condições e respeitem os animais também podem acolher gatos silvestres, fazendo um pedido directo à autarquia.