Uma app para quem adormece ao volante ou para quem se distrai

A aplicação HealthyRoad, que tem o mesmo nome da "startup" "incubada" no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, demorou três meses a ser criada

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Juan Di Nella/Unsplash

Uma "startup" do Porto criou uma aplicação móvel que identifica o comportamento dos condutores ao volante, com recurso a uma tecnologia de análise facial instalada na câmara frontal dos smartphones, e alerta-os para distrações ou adormecimento.

De acordo com um dos fundadores da HealthyRoad, "incubada" no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), André Azevedo, quando a aplicação detecta a distração ou o adormecimento nos utilizadores, estes são avisados através de um sinal sonoro e visual.

Em declarações à Lusa, o empreendedor explicou que este sistema utiliza tecnologias de biometria facial no processamento da informação recolhida pela câmara, determinando em tempo real o estado do condutor, "se o olho está aberto ou fechado" ou se "está a olhar para um local que não a estrada". "Na Europa, um terço dos acidentes rodoviários são causados por distração e 20 a 25% por adormecimento", referiu, acrescentando que estes números "não param de aumentar e as pessoas não têm consciência desta realidade".

A aplicação HealthyRoad, que tem o mesmo nome da "startup", demorou três meses a ser criada e foi apresentada esta segunda-feira. No entanto, André Azevedo, Filipe Oliveira e Filipe Monteiro, os fundadores da empresa, desenvolvem a tecnologia que está na base da "app" desde 2013.

A equipa tem uma parceria com a BMW, o que lhe permitiu efectuar testes nos simuladores da empresa, receber "feedback" e planear o "roadmap" (mapa de estrada) de desenvolvimento de tecnologia "para ir ao encontro das necessidades do sector".

"Se tudo correr bem, dentro de dois a três anos vamos ter a nossa tecnologia a funcionar nos veículos deste grupo", indicou ainda André Azevedo. Neste momento, estão a desenvolver um produto que pode ser instalado nos veículos, capaz de detectar - para além do adormecimento e da distração - a fadiga, as emoções e o "stress" do condutor, por exemplo.

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