Trienal de Arquitectura de Lisboa inaugura pólo criativo para projectos inovadores

Público pode descobrir o trabalho dos residentes seleccionados para inaugurar espaço no Palácio Sinel de Cordes: KWY, Caus, Angular, Warehouse e Multidão (Osso/Stress.fm)

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Trienal inaugura pólo criativo após obras de reabilitação realizadas no Palácio Sinel de Cordes Daniel Rocha

A Trienal de Arquitectura de Lisboa vai inaugurar no sábado um pólo criativo para projectos inovadores após obras de reabilitação realizadas no Palácio Sinel de Cordes, no centro da capital. De acordo com a Trienal de Arquitectura, a primeira fase de reabilitação do espaço está concluída, tem inauguração oficial prevista para sábado, ficando aberto ao público com entrada livre entre as 15h e as 23h.

No âmbito de um protocolo celebrado com a Câmara Municipal de Lisboa, o pólo vai acolher projectos inovadores envolvidos na concepção, programação, prática e crítica da arquitectura e áreas criativas conexas. O projecto de reabilitação do palácio — cedido pela autarquia há dois anos, para sede da Trienal — e também do pólo criativo, tinha sido apresentado naquele espaço, pela organização, em Maio de 2014. No sábado, o público poderá descobrir o trabalho dos cinco residentes seleccionados num concurso para inaugurar este novo espaço de criação da capital: KWY, Caus, Angular, Warehouse, Multidão (Osso/Stress.fm).

O programa do dia aberto ao público conta ainda com a participação de agentes culturais e outros colectivos — que desde 2012 passaram pelo Palácio — através de "workshops" de serigrafia, ateliers de fotografia, oficinas, leituras, conversas radiofónicas e um mercado de livros de arte e arquitectura.

O Angular é composto por estudantes de arquitectura que pretendem ligar o mundo académico à experiência profissional nesta área; a Caus é uma organização sem fins lucrativos criada em Macau em 2013 para promover a investigação, educação, produção e divulgação de conhecimento nas áreas da arquitectura, urbanismo, design e cultura urbana. A KWY, também seleccionada para atelier residente, é uma plataforma multidisciplinar que investiga a natureza da colaboração no contexto de projectos em arte, arquitectura, curadoria e escrita.

O projecto Multidão é da responsabilidade da Osso -Associação Cultural, constituída por um colectivo de artistas de várias áreas para desenvolver atcividade sob o conceito de partilha artística interdisciplinar dentro de contextos regionais, nacionais e internacionais. Por seu turno, o colectivo Warehouse, também seleccionado, tem realizado projectos temporários e permanentes numa metodologia de processos de criação participativa onde o desenho e a construção são pensados e executados como um todo.

A Trienal de Arquitectura sublinha que o projecto de reabilitação do Palácio Sinel de Cordes, da autoria da arquitecta Margarida Grácio Nunes/FSSMGN arquitectos, teve por base "uma abordagem que respeita a identidade e o legado da construção setecentista, bem como a sua relação com a envolvente".

Em Maio do ano passado o presidente da entidade, arquitecto José Mateus, disse à agência Lusa que tem a expectativa de que o projecto de recuperação do palácio esteja totalmente concluído até 2016, ano em que se realiza a próxima Trienal de Arquitectura de Lisboa. A quarta edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa terá como título "Constelações - Uma Pausa para a Utopia", incluirá três exposições de referência e conferências subordinadas, além de um programa satélite na capital.

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