As selfies ilustradas do Hugo procuram financiamento

Ele é licenciado em Artes Plásticas, está desempregado e quer lançar um livro e fazer uma exposição com 1001 selfies ilustradas

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Um livro e uma exposição de 1001 ilustrações feitas a partir de selfies. É este o projecto para o qual Hugo Travanca procura financiamento na plataforma PPL. Desempregado e com inúmeras ideias na cabeça, foi neste contexto que criou o projecto Self Ilustration que consiste em ilustrar os autoretratos que ficaram célebres através das redes sociais. Hugo quer ver as suas ilustrações compiladas num livro de autor e numa exposição no espaço EKA [unity] em Lisboa e para isso procura apoiantes.

O projecto começou por ser uma forma que Hugo encontrou de aprimorar a sua técnica de ilustração. As primeiras selfies que desenhou eram de pessoas desconhecidas, que encontrava na Internet. Quando chegou às 700 fotografias pensou em publicar o projecto compilado num livro e numa exposição. Precisava de fundos para pagar o lançamento do livro de autor — bem como para sustentar a exposição —, por isso decidiu criar esta campanha. Ao pedir ajuda às pessoas recompensa-as com uma fotografia ilustrada que as mesmas podem enviar, ou não, no acto da colaboração.

Um euro, uma ilustração

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“Quando pensei em lançar um livro já tinha mais de 700 ilustrações e portanto acho que 1001 é um número possível com o crowdfounding”, diz Hugo. Os apoiantes podem contribuir para este crowdfunding a partir de um euro. O seu donativo influencia a recompensa. Se apoiar o projecto com um euro recebe uma ilustração simples, um contorno, sem cores e sem sombras. Se a contribuição for de 50 euros além de receber uma ilustração colorida e sombreada recebe ainda um convite para a exposição e um exemplar do livro.

“Queria adaptar a minha criação artística a este novo mundo de partilha de imagens”, explicou Hugo ao P3. E foi assim que começou a ilustrar selfies. Hugo navegava pela Internet, via selfies e fazia esboços. “Não da imagem em si”, sublinha, mas sim da maneira como ele acha que essa pessoa é.

“A primeira vez que ilustrei uma fotografia foi de uma rapariga que encontrei na Internet. Desenhei aquela selfie como se fosse uma assinatura, com traços simples. E gostei do resultado porque ela não estava parecida com a fotografia, estava parecida com aquilo que representou para mim. Quando nós vemos alguém pela primeira vez criamos logo uma ideia de como essa pessoa é, de como se comporta ou de como se veste e eu quero que as minhas ilustrações sejam exactamente esse conceito preconcebido do primeiro impacto”, relatou Hugo.

Hugo garante que as ilustrações que fez de pessoas anónimas não são cópias, porque ele apenas se baseou no formato das imagens que viu. Os traços vieram da sua cabeça, garante. “Não vetorizo imagens, não copio as fotografias”, nota o freelancer.

O Hugo quando era pequeno já gostava de colocar no papel a imagem que via das pessoas. “O primeiro desenho que fiz de alguém foi de um colega meu, no sétimo ano. Escolhi-o muito bem, porque ele tinha um nariz muito grande e eu achava que por isso seria fácil de retratá-lo. E foi realmente um sucesso perante toda a turma. Só ele é que não achou o mesmo”.

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