Portugal recupera a auto-estima em Moscovo

A selecção nacional regressou aos resultados positivos e terminou a segunda etapa do Rugby Europe Sevens Grand Prix Series no 2.º lugar

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Após uma época repleta de insucessos, a selecção nacional de sevens despediu-se da temporada 2013-14 com uma prestação a um nível mais aproximado ao que era habitual em anos anteriores. Em Moscovo, na segunda etapa do Rugby Europe Sevens Grand Prix Series, Portugal conseguiu apagar a péssima imagem deixada na ronda inaugural em Lyon, onde foi penúltimo, e terminou no 2.º lugar.

Apesar de ter cumprido o objectivo principal em 2013-14 (manutenção do estatuto de equipa residente no Circuito Mundial), as boas notícias a nível desportivo durante a temporada para Portugal resumiram-se a duas etapas (Dubai e África do Sul) disputadas ainda em 2013. Nos últimos meses, a equipa nacional somou maus resultados atrás de maus resultados que tiveram como expoente máximo a paupérrima prestação na etapa inaugural do Rugby Europe Sevens Grand Prix Series, onde Portugal passou de habitual candidato a vencer a prova a penúltimo classificado.

Porém, após o desastre de Lyon no início do mês, a selecção nacional conseguiu em Moscovo recuperar um pouco do brilho de outros torneios e alcançar um resultado mais condizente com o estatuto da formação portuguesa. Embora tenha começa mal (duas derrotas nos dois primeiros jogos da fase de grupos), os desaires contra a Bélgica e a Escócia deixaram sinais de obvias melhorias, que se confirmaram com o triunfo claro frente à Alemanha, que colocou Portugal na luta pela vitória da Cup (oito primeiros lugares).

E o triunfo contra os alemães foi o rastilho que a selecção nacional parecia necessitar. Mais confiantes, os jogadores nacionais partiram para um bom último dia de prova em Moscovo e, frente a adversários categorizados, responderam de forma positiva.

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Neste domingo, Portugal começou por defrontar o País de Gales nos quartos-de-final da Cup e a formação de Pedro Netto não deu qualquer hipótese aos galeses. Ao intervalo, a selecção nacional já vencia por 19-0 (ensaios de Pedro Leal, Diogo Miranda e David Mateus) e na segunda parte Gonçalo Foro fez o toque de meta que fixou o resultado final em 28-7 favorável a Portugal.

No jogo seguinte, Portugal reencontrou a Escócia e, apesar de o equilíbrio ter sido novamente a nota dominante, desta vez foram os portugueses que festejaram. Foro deu vantagem à selecção nacional aos 3’, mas antes do intervalo Bennett Mark restabeleceu a igualdade (5-5). A equipa nacional ainda passou por dificuldades após Carl Murray ver um cartão amarelo, mas a meio do segundo tempo um ensaio de António Marques garantiu a Portugal o lugar na final (10-5).

No jogo decisivo, o adversário foi a Inglaterra que mostrou estar muito acima do resto da concorrência neste torneio. Os ingleses, que venceram por margem folgada todos as partidas em Moscovo, chegaram ao intervalo a ganhar por 19-0 e construíram um triunfo ainda mais dilatado nos últimos 10 minutos, apesar dos dois ensaios portugueses marcados por Eduardo Salgado (47-12).

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