Oito20e4: três dias de concertos, instalações e cinema ao ar livre

A partir de 12 de Julho, Espinho recebe concertos, instalações, cinema ao ar livre, novo circo, animação de rua e sessões de DJ

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A Real Orquestra da Grande Malha Ortogonal de Espinho terá direcção de Tim Steiner Luís Barbosa

A Câmara de Espinho lança no dia 12 a primeira edição do festival Oito20e4, que, entre as avenidas 8 e 24, e das 8h00 às 24h00, propõe três dias de actividades culturais gratuitas por diferentes criadores e artistas.

Envolvendo quase 300 participantes e uma dezena de instituições do concelho, o evento inclui concertos, instalações, cinema ao ar livre, novo circo, animação de rua e sessões de DJ, entre outras manifestações artísticas centradas na “nova criação”.

A promessa da autarquia com o Oito20e4 é a de apresentar “iniciativas únicas e irrepetíveis” em áreas públicas e espaços comerciais emblemáticos da cidade. Em parceria com o Festival do Norte, promovido pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal, há já cinco propostas a realçar.

A primeira é a de “Uma banda sonora para a cidade”, com oito concertos por nomes emergentes e já consagrados da música nacional, em diferentes espaços de Espinho. Essa programação resulta das escolhas de André Gomes, que se propõe criar “novas memórias” com mais do que um espectáculo por dia: um pelos Sensible Soccers e outro por Capicua, a 12 de Julho; e, no dia seguinte, as atuações de Nuno Prata, Filho da Mãe, Minta & The Brook Trout, Emmy Curl, NACO e JP Simões.

A segunda proposta a destacar no Oito20e4 é o concerto pela Real Orquestra da Grande Malha Ortogonal de Espinho, sob a direcção do maestro britânico Tim Steiner, que, “especializado em criação e performance colaborativa, tem dirigido centenas de projectos em toda a Europa, em todos os contextos musicais e sociais”.

Para Espinho, o maestro criou composições concebidas em colaboração com professores e alunos da Academia de Música local, o que no dia 13 resultará num “corpo de obra inédito”, interpretado por profissionais, amadores, orquestra e público.

Vídeo "mapping" e cartografia sonora

Outro ponto alto do novo festival de Espinho é “Esta rua não é só um número”, que, tendo autoria do sonoplasta João Martins, consistirá num conjunto de instalações sonoras cruzadas com elementos visuais. O objectivo é refletir sobre os “mecanismos de percepção e apropriação da dimensão acústica dos espaços públicos”, exibindo para o efeito a “cartografia sonora possível, comunitária, intersubjetiva, da cidade de Espinho”.

A quarta proposta em destaque no Oito20e4 é a “Cartografia (des)encontrada” da ilustradora Ana Aragão, que, combinando “aspectos físicos e morfológicos com aspectos vivenciais e emocionais”, dará a conhecer a malha urbana da cidade e os seus modos de habitar através de vários painéis com desenhos, mapas emocionais, roteiros de afecto e uma animação vídeo.

O festival integra ainda o “Sensorama Espinho”, um espectáculo de vídeo "mapping" que, projectando imagens em movimento em objectos ou superfícies irregulares (tais como estruturas de grandes dimensões, fachadas de edifícios ou estátuas), quer redescobrir a identidade da cidade “através da sua relação com o mar e com o comboio”.

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