O Edifício Axa é agora um condomínio de cultura

Espaço do projecto 1.ª Avenida, no Porto, representou um investimento "superior a um milhão de euros" e vai acolher várias entidades e eventos culturais da cidade

Foto
Câmara pretende que o Espaço Axa seja uma montra da cultura da cidade Adriano Miranda

A partir de 19 Abril, o Edifício Axa, na Avenida dos Aliados, no Porto, estará reconvertido num centro cultural de sete andares e 50 salas, para acolher várias iniciativas culturais.

A apresentação do futuro "Espaço Axa", nesta terça-feira à tarde, marca assim o início da segunda fase do projecto dinamização urbana 1ª Avenida, promovido pela Câmara do Porto, pela empresa municipal Porto Lazer e pela Associação Comercial do Porto, que anteriormente tinha como sede o edifício Montepio, também nos Aliados. Até ao final de Outubro, deverão acontecer aqui mais de 200 eventos.

Em conferência de imprensa, o director-geral da Porto Lazer, Hugo Neto, disse que este é “um projecto de partilha com os principais agentes culturais da cidade” e que a ideia é “conseguir afirmar o Porto” como cidade de referência.

Foto
Adriano Miranda

Também presente, o vice-presidente da câmara, Vladimiro Feliz, descreveu o espaço como um “palco privilegiado” para a exposição da vida artística portuense, que ganha aqui 4500 metros quadrados.

Um edifício há muito devoluto

Paredes e vidros partidos, mobília amontoada e muito pó atestam ainda que o edifício está há muito devoluto. Contudo, as obras de renovação já começaram, incluindo a remoção de parte do pavimento que foi considerado irrecuperável.

No primeiro piso, o espaço amplo vai dar lugar a um bar, a uma livraria e a uma sala de conferências e apresentações, onde haverá também concertos e projecções de vídeo.

A programação do segundo andar ficará ao encargo da Fundação de Serralves e o quarto andar será dotado de estúdios, para acolher temporariamente instituições como a Academia Contemporânea do Espectáculo e os festivais Porta Jazz e Shortcut. Já a companhia Balleteatro ocupará permanentemente o quinto piso, com actividades formativas. “A ESMAE (Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo) deverá colaborar connosco”, adiantou o representante do Balleteatro, Tiago Oliveira.

Além das parcerias institucionais, o espaço de intervenção cultural vai dar a conhecer o trabalho de jovens criadores e curadores, em regime de residência artística. Até à data, foram recebidas 78 candidaturas, 56 das quais para uma primeira fase de residência, entre Abril e Julho, e 22 para uma segunda fase, a decorrer entre Julho e Outubro. Uma nova convocatória para a segunda fase deverá abrir em Maio. Os projectos artísticos de carácter emergente serão expostos nas 32 salas disponíveis dos 3º, 6º e 7º pisos.

Lê o artigo completo no PÚBLICO

Sugerir correcção
Comentar