Universidade de Évora fecha até dia 31 para “cortar” nos custos

Os funcionários gozam “um período de férias nesta quadra natalícia” e a universidade faz “alguma economia de custos”

A Universidade de Évora (UÉ) vai estar encerrada a partir de sábado e até dia 31 para economizar nos custos de funcionamento, ainda que alguns serviços “essenciais” continuem a funcionar nesse período, revelou o reitor da instituição.

“Alguns serviços mantêm-se abertos porque são essenciais, nomeadamente a actividade ligada ao fecho de contas ou as actividades de investigação que não possam ser interrompidas”, revelou à agência Lusa o reitor da UÉ, Carlos Braumann.

Neste período, coincidindo com as épocas festivas do Natal e da Passagem de Ano, "temos vários feriados e tolerâncias de ponto”, o que faz com que existam “apenas três dias úteis”, pelo que “combinámos com os funcionários que tirassem três dias de férias” nesta altura, explicou o reitor.

Desta forma, continuou, torna-se “possível encerrar a maioria das instalações e economizar em termos de custos de funcionamento, particularmente energia eléctrica”.

“Com os orçamentos ‘apertados’ com que estamos a viver, e dado que neste período pouca actividade existe, pareceu-nos uma boa solução”, justificou Carlos Braumann. Simultaneamente, sublinhou, os funcionários gozam “um período de férias nesta quadra natalícia” e a universidade faz “alguma economia de custos”.

Aproveitar as férias para poupar

O reitor da UÉ lembrou ainda que esta não é uma situação inédita na academia, já que, no último Verão, entre 4 e 19 de Agosto, as instalações também fecharam, igualmente para economia de custos e aproveitando o período de férias por excelência dos funcionários.

Questionado pela Lusa, Carlos Braumann disse não saber ainda, em concreto, qual o montante das verbas do Orçamento do Estado para 2013 (OE2013) que a universidade vai receber.

Contudo, em Novembro, quando se discutia o OE2013 na Assembleia da República, o reitor da academia alentejana alertou, por diversas vezes, que o próximo ano poderia ser “catastrófico” para o Ensino Superior, caso avançassem os cortes previstos na proposta do Governo.

Baseado na mesma proposta governamental, o reitor disse, na altura, que a UÉ iria receber “menos 11,1%” de dotação, correspondente a cerca de “menos três milhões de euros”.

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