Pussy Riot divulgam vídeo em que queimam fotografia de Putin

Activistas que ainda estão em liberdade divulgaram um novo vídeo no qual queimam a fotografia do Presidente russo Vladimir Putin e em que aproveitam para agradecer o apoio que têm recebido

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A banda tem recebido apoio de vários artistas internacionais William Webste/Reuters

As cinco mulheres da banda foram condenadas a dois anos de prisão por “hooliganismo e incitamento ao ódio religioso”, a 17 de Agosto, por terem feito uma performance não autorizada na catedral moscovita do Cristo Salvador, contra o Presidente Vladmir Putin. Três dos elementos foram detidos, mas duas mulheres conseguiram fugir para outro país — escapando à justiça e continuando a divulgar algumas acções de protesto.

O vídeo, que dura pouco mais de um minuto, mostra as duas mulheres da banda ainda em liberdade com um capuz e penduradas num prédio que vão descendo em rappel à medida que asseguram que “a luta pela liberdade é maior do que a vida”. Nas imagens ouvem-se as duas mulheres a explicar que têm vindo a lutar pelo “direito a cantar, a pensar, e a criticar”, dizendo estarem prontas para mudar a Rússia “independentemente dos riscos”.

“O nosso país é dominado por um homem diabólico”, dizem, acusando Putin de achar que cantar música punk e que ser feminista é ilegal e de entender que “se cantarmos e dançarmos numa forma inapropriada devemos ser presas durante dois anos”. São também feitas críticas a Alexander Lukashenko.

Nas imagens, enquanto continuam o rappel, agradecem também a grupos como Madonna, Red Hot Chili Pepper, Green Day, entre outros, pelo apoio que têm dado à causa das artistas. De acordo com o "Moscow Times", o vídeo é uma resposta da banda punk a uma proposta feita pela cadeia de televisão MTV de agradecerem com imagens aos artistas internacionais que se associaram ao grupo.

Das cinco que em Fevereiro actuaram na catedral do Cristo Salvador, na capital russa, Nadejda Tolokonnikova, de 22 anos, Ekaterina Samoutsevitch, 30, e Maria Alekhina, 24, foram no passado dia 17 de Agosto condenadas a dois anos de prisão pelos crimes de “hooliganismo” e de “incitamento ao ódio religioso” pela “oração punk” feita à Virgem Maria para que afastasse Putin do poder. Três dias depois, a polícia anunciou que estava à procura das outras duas. Para além das cinco mulheres – que, imitando uma oração, pediram à Virgem Maria que livrasse a Rússia do Presidente Vladimir Putin – outras pessoas, cuja identidade é desconhecida, entraram com elas na catedral, para filmar a iniciativa.

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