O antes e o depois dos Mão Morta em Paredes de Coura

Para qualquer artista nacional "é motivo de orgulho ser escolhido para o Paredes de Coura", diz Adolfo Luxúria Canibal. A banda já actuou no festival seis vezes

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Nelson Garrido

Em 1995, os Mão Morta foram a Paredes de Coura, não para tocar, mas para conhecer o festival que, na altura, ia apenas na sua terceira edição. Gostaram do que viram, no ano seguinte deram o seu primeiro concerto e ainda voltaram mais cinco vezes a este festival, que vai já na 20.ª edição.

 

Mas muito mudou desde a primeira vez que a banda esteve em Paredes de Coura. O vocalista dos Mão Morta recorda que "havia pouca gente: 400, 500 pessoas". "Era frio, como é normal ser frio à noite no Alto Minho", conta Adolfo Luxúria Canibal. O frio continua o mesmo; o número de pessoas aumentou.


 

Nesse ano, em 1995, também o local do recinto era outro e os Mão Morta, que poderiam subir a esse palco no ano seguinte, queriam perceber como era, afinal, o Paredes de Coura, um festival ainda recente e que era organizado por "um grupo de miúdos".

Adolfo Luxúria Canibal fala da primeira vez que os Mão Morta estiveram em Paredes de Coura, como espectadores

 

O artista explica que o festival não existe uma distinção entre artistas nacionais e estrangeiros

"Portanto, estive atento ao desenrolar da organização do espectáculo", refere Adolfo Luxúria Canibal. O Paredes de Coura passou no teste e, assim, esta banda de Braga voltou no ano seguinte para uma primeira actuação. Dessa quarta edição, o artista recorda-se, sobretudo, "do momento de convívio à volta do festival com os organizadores, com pessoas dos Mão Morta e fora da comitiva dos Mão Morta".

Adolfo Luxúria afirma que ser convidado para o Paredes de Coura é um orgulho

 

"E demos um belíssimo concerto, aliás, como acho que foram todos os que demos em Paredes de Coura", acrescenta Adolfo Luxúria Canibal. Depois da actuação de 1996, a banda subiu ao mesmo palco mais cinco vezes. Voltou em 1997, 2000, 2004 e durante o concerto de 2007 o artista lembrou o público que aquela era a edição do "penta" para os Mão Morta em Paredes de Coura. Nessa noite, em palco, também anunciou que seria a última vez que tocavam no festival. Mas não foi: a banda ainda voltou em 2010.

 

O orgulho em actuar em Paredes de Coura

Hoje, Adolfo Luxúria Canibal refere que o festival tem mais bandas e artistas internacionais, mas realça que em Paredes de Coura não se faz distinção entre portugueses e estrangeiros, referindo que quem é convidado para actuar no festival "sente que vai porque tem valor a nível internacional".

 

O músico destaca, ainda, que Paredes de Coura é, cada vez mais, uma montra para o público galego. E, sendo um festival "com critérios de qualidade muito restritos", para qualquer artista nacional "é motivo de orgulho ser escolhido para o Paredes de Coura".

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