Jovens Farmacêuticos alertam para situação catastrófica

Mais de 1.100 farmácias têm os fornecimentos suspensos e a maioria “não tem capacidade para suportar os custos da actividade que desenvolve”

Foto
António Borges

A Associação Portuguesa dos Jovens Farmacêuticos (APJF) alertou para a situação económica das farmácias em Portugal, que considera catastrófica, e para a importância de garantir a sustentabilidade desta área, “fundamental para a saúde dos portugueses”.

Em comunicado, a APJF aponta o último estudo recentemente publicado, coordenado pelo economista Pita Barros, que conclui que mais de 1.100 farmácias têm os fornecimentos suspensos e que a maioria “não tem capacidade para suportar os custos da actividade que desenvolve”.

“Este documento reforça o estudo Avaliação Económica e Farmacêutica do Setor das Farmácias, divulgado pela Universidade de Aveiro em Março deste ano. Também o Relatório de Primavera de 2012, elaborado pelo Observatório Português dos Sistemas de Saúde, atesta a crise económica das Farmácias”, recordam os jovens farmacêuticos.

A APJF defende a aplicação de “um novo modelo remuneratório que garanta a sustentabilidade das Farmácias e Armazenistas”. “A dissociação da remuneração das Farmácias do preço do medicamento acompanhada pela definição de um valor fixo e justo por embalagem, é a única forma de garantir o futuro do sector”, realça.

Recordando que “a ruptura financeira do sector afeta a capacidade de abastecimento e dispensa de medicamentos aos portugueses”, a APJF sublinha: ”Infelizmente, o tempo vai passando sem que os decisores políticos assumam as suas responsabilidades e garantam a sustentabilidade de uma área fundamental para a saúde dos portugueses”.

A Associação lembra ainda os “inúmeros e graves” erros consecutivos “cometidos pelos decisores políticos nos últimos anos”, que, defende, “arrastaram um sector de excelência, altamente desenvolvido e valorizado pelos Portugueses, para esta situação”. De acordo com a APJF, cerca de 40 por cento dos farmacêuticos presentes nas farmácias têm menos de 35 anos.

Sugerir correcção
Comentar