VideoGang: videoclips made in Portugal

Por ano produzem-se 200 videoclips em Portugal. O VideoGang — a propósito do Guimarães 2012 — quer aumentar este número

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A ideia é formar pequenos grupos de pessoas que possam vir a trabalhar na área da realização de videoclips DR

Em Guimarães 2012 os videoclips também têm um espaço: chama-se VideoGang e é um programa inserido na área de cinema e audiovisual da Capital Europeia da Cultura.

Na verdade, o VideoGang é mais que um programa. "É uma iniciativa de apoio à produção de videoclips" com o objectivo de "criar pequenos colectivos que consigam entrar no mundo do audiovisual", observa Hilário Amorim, promotor do projecto.

A ideia é formar pequenos grupos de pessoas que possam vir a trabalhar na área da realização de videoclips. São 25 pessoas - entre os 20 e 35 anos - distribuídas em grupos de quatro ou seis. Desde o início de Abril a agenda tem sido preenchida com seminários, workshops, e recentemente (dia 21 de Maio) uma apresentação dos Droid:id. O objectivo desta apresentação (e das próximas), diz o promotor do projecto, é "servir de estímulo e inspiração, para os participantes que tal como os Droid:id também passaram por esta fase de iniciação no mundo do audiovisual".

Alguns colectivos como Filmes da Mente, Megaforce, Bando à Parte, entre outros, estão convidados para estarem em Guimarães a propósito do VideoGang. Mas o que é que se pretende exactamente? "Este colectivos, para além de servirem como inspiração aos participantes do VideoGang, também têm oportunidade de mostrar os seus trabalhos numa retrospectiva da altura em que se iniciaram por estes caminhos", argumenta.

Base de dados online

Para além da formação que o VideoGang proporciona, o site (videoclipes.pt) é uma espécie de base de dados on-line que cruza informação de realizadores, e tudo o que se tem feito no ambiente dos videoclipes em Portugal. "Esta plataforma funciona como um repositório de dados: passado e presente do videoclip produzido em Portugal", lê-se no comunicado do VideoGang.

"Neste momento o videoclip é o formato mais popular na web", quem o diz é Hilário Amorim. O português - que em 2007 e 2008 organizou o ViMus - é formado em Audiovisual e sempre dedicou grande parte do seu tempo aos videoclips. Na perspectiva de Hilário Amorim "actualmente a referência para os músicos é a quantidade de visualizações de um vídeo, e não o número de discos vendidos".

E se em Portugal, tal como lá fora, a realização está a crescer será porque "os materiais são mais acessíveis de modo a que cada mais pessoas experimentem", sendo que "por ano, produzem-se, no nosso país, 200 videoclips", revela Hilário Amorim.

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