Rutz: calçado em cortiça à conquista do mercado asiático

Marca de sapatos femininos começou a exportar para Macau, conciliando dois sectores tradicionais: o calçado e a cortiça

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O calçado para mulher em cortiça da marca Rutz entrou já em Macau com o início das primeiras exportações para este mercado asiático, avançou esta quinta-feira a empresa portuguesa. “A marca de sapatos femininos Rutz está já em Macau para onde iniciou as primeiras exportações em parceria com uma empresa local”, afirmou à agência Lusa a directora-executiva da empresa, Raquel Castro.

Constituída no início deste ano por três sócios que tiveram a ideia empreendedora de escolher dois dos sectores “mais fortes” da economia portuguesa, o calçado e a cortiça, a Rutz é uma empresa que tem o seu foco na internacionalização através da venda de calçado feminino da gama média e alta e para uma consumidora alvo, entre os 25 e os 45 anos, pertencente à classe média alta.

“A aceitação da marca tem sido muito boa e os primeiros contactos internacionais já se iniciaram. Vamos apostar no mercado externo bem mais cedo do que inicialmente prevíamos”, garantiu à Lusa Raquel Castro, que é também sócia fundadora da empresa. Em Portugal, a marca Rutz está a ser vendida em 17 lojas pertencentes a terceiros e a nível internacional, além de ter iniciado a exportação para Macau, “está avançada” nas negociações com o Canadá, salientou.

Reinventar a cortiça

“Nós mandamos fabricar os sapatos numa fábrica em Oliveira de Azeméis que tem capacidade para responder à procura. Temos a ideia e o conceito e pretendemos apaixonar as mulheres pela reinvenção da cortiça, introduzindo cor e design num calçado urbano, sexy, jovem e sofisticado”, realçou.

A empresa criou uma loja na Internet para ter “um canal de distribuição com vista a promover as exportações, aumentar a visibilidade da marca nos mercados externos e poder mais facilmente vender e chegar aos clientes”, explicou. Contudo, realçou que a Rutz quer “crescer de forma sustentada e não massificada”, tendo invocado que são “uma empresa de nicho de mercado”.

“Pensávamos inicialmente que estaríamos dois anos sem exportar, mas a excelente aceitação da marca levou a que antecipássemos em um ano o processo de internacionalização que ocorrerá mais sustentadamente no próximo ano”, sublinhou. O plano de negócios prevê ainda que seja atingido, em 2015, o ponto de equilíbrio entre os custos e as receitas (‘break-even point’), mas há que encará-lo de “forma dinâmica” em função do crescimento do negócio nos mercados nacional e, sobretudo, estrangeiro, avançou.

“O nome Rutz remete-nos para ‘roots’, as nossas raízes, origens e tradições portuguesas, que serão o mote de inspiração para as diversas colecções”, explicou. Além disso, “Rutz mostra-nos routes, as rotas ou caminhos que traçamos rumo a um futuro melhor: a escolha do material, ‘eco-friendly’, a preocupação com a leveza e conforto”, salientou. Em termos genéricos a Rutz pretende reunir conceitos à partida antagónicos, “passado e futuro, tradição e modernidade, fruto de uma tendência bem actual: rurbanism”, concluiu.

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