Ignite Portugal Trabalhador: fazer falar o trabalho

Acontece na LXFactory, em Lisboa. É basicamente uma oportunidade para os “desentrabalhados” mostrarem as suas ideias num ambiente onde não se falará de emprego

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Este ano, o Dia do Trabalhador conta com um evento que traz até aos desempregados uma ocasião de partilha e de aprendizagem. O Ignite Portugal Trabalhador, na LXFactory, em Lisboa, a partir das 17h00 desta terça-feira, contará com intervenções de cinco minutos, cronometradas por 20 slides, com 15 segundos cada um, em que empregadores, desempregados e “inspiradores” protagonizam “uma espécie de ídolos das ideias e apresentações.

O Ignite Portugal Trabalhador é um evento informal e democrático sem púlpito ou mesa de oradores. Aqui, o essencial será “dar voz e palco às ideias e talentos desconhecidos de Portugal”, explicou Miguel Muñoz Duarte, um dos organizadores da acção.

O Dia 1 de Maio parece ser causa e pretexto deste evento que quer “trazer novas dimensões ao dia em que se celebra o trabalho e os direitos dos trabalhadores”, fazendo aproximar quem procura trabalho e quem o tem para oferecer, explicou ao P3 Paulo Dias, outro organizador do evento.

As mudanças significativas que estão a acontecer no mundo do trabalho “exigem novas respostas e valências para quem procura trabalho” e também fazem com que “novos caminhos se abram como o empreendedorismo e a criação do próprio emprego”. E são estas facetas que a organização quer presentes no evento. Quer “ajudar as pessoas a vencer um momento de desafio na sua vida”, e portanto o ingresso para o Ignite Portugal Trabalhador será gratuito para os desempregados e terá o custo de 5 euros para os que já têm emprego.

São três blocos temáticos compostos por 30 oradores: os que querem dar trabalho, os que querem trabalho e os que querem inspirar quem não tem trabalho. Além das pessoas já previstas como oradores, há ainda dois momentos “Open Microphone“, um “powerpoint karaoke para espontâneos”, em que qualquer pessoa presente se poderá propor para falar.

São cinco os minutos de discurso porque é o tempo necessário para um “bom exercício de síntese, escolhendo o essencial e largando o acessório”, e traduz o “cariz de ignição e partilha de ideias de uma forma informal”.

O formal "coffee-break" será substituído pelas descontraídas "beer-breaks", porque “o importante no evento são as ideias e pessoas num ambiente informal que fomenta partilha, a construção de relações e a ignição de ideias e projectos”, refere ainda Paulo Dias.

Em paralelo, há também uma feira de emprego, organizada em conjunto com a associação Sapana e o seu Jagruthi Moov, uma "one-stop-shop" para quem não tem trabalho.

Uma oportunidade para os “desentrabalhados” mostrarem as suas ideias e perspectivas num ambiente onde não se falará de emprego. Discutir-se-á trabalho.

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