Clubbing: José Almeida é "um dos muitos fãs n.º 1"

Desde 2007, só deve ter perdido duas edições. O engenheiro do ambiente de 33 anos recorda especialmente os concertos de Róisín Murphy e Einstürzende Neubauten

José Almeida, à direita, com André Oliveira, o amigo que o costuma acompanhar no Clubbing DR
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José Almeida, à direita, com André Oliveira, o amigo que o costuma acompanhar no Clubbing DR
José Almeida, à direita, com André Oliveira, o amigo que o costuma acompanhar no Clubbing DR
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José Almeida, à direita, com André Oliveira, o amigo que o costuma acompanhar no Clubbing DR
Tiago Oliveira/Flickr
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Até agora, o Clubbing Optimus teve 72 mil espectadores. Em todas as edições, há perto de quatro mil pessoas com ficha de cliente na Casa da Música a comprar, regularmente, bilhetes para o Clubbing. José Almeida é uma delas. Acha que só perdeu “um ou dois” Clubbings desde que o evento começou, em 2007. Numa estimativa rápida, calcula já ter gasto "cerca de 400 euros" só em bilhetes. "Já é uma tradição", diz.

Natural de Aveiro, costuma ir ao Porto todos os fins-de-semana. Se a noite é de Clubbing, mais uma razão para se fazer à estrada, normalmente com o amigo André Oliveira, o "outro fã n.º1". No início, levavam-no as "grandes referências musicais" como The Go! Team (Janeiro de 2008), The Kills (Abril de 2008), Metronomy (Março de 2009) ou PJ Harvey (Maio de 2009); hoje vai ao Clubbing em busca de "outros sons" e "novos nomes", como é o caso da edição desta noite, 19 de Novembro, a que não vai faltar.

É difícil escolher o melhor concerto a que já assistiu num Clubbing. Róisín Murphy, em Novembro de 2008, conseguiu protagonizar "o verdadeiro Clubbing", com um concerto "muito dramático e suspreendente". Já a actuação, em Maio do mesmo ano, da banda alemã Einstürzende Neubauten, referência do rock industrial, foi "muito forte", visual e musicalmente.  

O Clubbing também mudou

Não se considera o fã n.º 1 do Clubbing. "Sou um dos muitos fãs n.º 1", diz. Vai "de uma forma natural", mesmo que hoje em dia, na sua opinião, a programação não verse "grandes nomes".  

O Clubbing está em mudança, considera. "Hoje é mais local. Chegaram a ser pequenos festivais condensados numa só noite. Rapidamente ultrapassou os limites do Porto. Era comum ouvir-se o sotaque espanhol nos corredores."  

Desde o início houve mudanças boas e más. José sauda o bilhete ao preço único de dez euros, mas preferia que a sala Suggia continuasse sem receber concertos. "Desvirtua o próprio Clubbing", diz, dando como exemplos as actuações de Nina Hagen, em Março, Ariel Pink, em Maio, e Nicola Conte, no mês passado, concerto em que "a entrada e saída do público para o espaço do coro prejudicou" o artista. "[Na sala Suggia] O público acaba por ficar mais disperso e não se forma um grupo coeso."  

Apesar destas mudanças e de se ter perdido, um pouco, o "glamour" e "eclectismo" musical de 2008 e 2009, o engenheiro do ambiente não deixa de ir ao evento. O espaço da Casa da Música, simultaneamente "privilegiado" e "descontraído", cria uma atmosfera "sofisticada, mas ecléctica" que lhe agrada particularmente. "É um bom exemplo de como juntar coisas diferentes, sons diferentes, pessoas diferentes. Vale a pena ir."

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